Índia de MT morre com suspeita de violência sexual em Brasília
Uma índia xavante, de 16 anos, morreu ontem (25) nas dependências do Hospital Universitário de Brasília (HUB) com suspeita de violência sexual. A adolescente residia na aldeia São Pedro, em Campinápolis, distante a 658 quilômetros de Cuiabá e estava na Capital Federal, onde passava por tratamentos neurológicos desde o dia 28 de maio.
Segundo informações divulgadas pela Fundação Nacional do Índio à imprensa, a indígena estava acompanhada da mãe, Carmelita Xavante e de uma tia, Maria Imaculada Xavante na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) que fica às margens da BR-040, na região do Gama (DF).
A indígena passava por exames no Hospital Sarah Kubitschek, devido a uma lesão neurológica grave. A adolescente não conseguia falar e nem andar. A locomoção era feita por meio de uma cadeira de rodas.
De acordo com informações da Funasa, o caso de suspeita de violência sexual pode ter ocorrido na madrugada de terça-feira (24) quando a equipe de enfermagem do Casai foi acionada para atender a adolescente que apresentava fortes dores abdominais. Ao ser comunicada, a equipe realizou o atendimento. Como o quadro evoluiu, a paciente foi removida para o Hospital Universitário de Brasília, por volta das 08h de ontem (25).
A indígena foi avaliada no setor de emergência pediátrica da unidade hospitalar e, em seguida, levada ao centro cirúrgico, quando teve uma parada cardiorrespiratória e morreu. A Direção do Hospital informou que a paciente apresentava sinais aparentes de violência sexual.
O site da TV Centro América entrou em contato com a unidade hospitalar em Brasília. A assessoria de imprensa do hospital confirmou a suspeita da indígena ter sofrido violência sexual, mas decidiu manter sigilo médico sobre o caso até a divulgação do laudo da causa morte da indígena. O laudo será realizado por técnicos do Instituto Médico Legal (IML).
A Funasa encaminhou um ofício para a Polícia Federal pedindo que a denúncia de violência sexual seja investigada. No Casai, haviam 56 pessoas entre pacientes e acompanhantes, no dia em que o fato suspeito ocorreu. A Funasa ainda informou que mantém no local serviço de vigilância 24 horas.
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