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Politica MT
Sábado - 08 de Junho de 2013 às 01:39
Por: LORENA BRUSCHI

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Embora o requerimento ainda nem tenha sido apresentado, a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os responsáveis pelo vencimento de centenas de medicamentos de alto custo adquiridos pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) já esbarra na maioria situacionista da Assembleia Legislativa. 

Nem mesmo os membros da Comissão de Saúde do Parlamento, que visitaram nesta semana as dependências da Pasta onde os remédios estavam armazenados, apoiam a ideia de uma investigação. Ainda assim, o deputado estadual Ademir Brunetto (PT) afirma que apresentará o pedido de instauração na próxima terça-feira (11). 

Tudo indica que este será mais uma solicitação que não sairá do papel. A afirmação é do presidente da Comissão de Saúde, deputado Antônio Azambuja (PP). Ele pondera que a denúncia sobre o vencimento dos produtos surgiu na comissão e que, portanto, já houve um pedido do grupo para o secretário de Saúde, Mauri Rodrigues, apresente esclarecimentos sobre o caso. 

O curioso é que a manifestação contra a CPI parte de membros da bancada progressista na AL, que já pediu ao governador Silval Barbosa (PMDB) a exoneração de Mauri, ameaçando, inclusive, deixar a base de sustentação do governo do Estado, caso a exigência não seja cumprida. 

Azambuja, no entanto, garante que, no que depender dele, nem Guilherme Maluf (PSDB) nem Wagner Ramos (PR), que compõem a Comissão de Saúde, assinarão o requerimento para que o assunto seja tratado por uma CPI. 

“Não vamos levantar uma CPI par apontar a culpa de outro diretor. Vamos aguardar uma auditoria que está sendo feita pelo governo. Enquanto não estivermos posse destes documentos, qualquer coisa que dissermos vai ser falso testemunho”, justifica. 

A partir da documentação que está, segundo o deputado, sendo produzida pelo governo, a Comissão de Saúde vai analisar se a medicação veio do Ministério da Saúde, qual foi o prejuízo constatado aos cofres públicos e quem foi o responsável. Somente a partir daí, é que o grupo deve tomar uma decisão sobre que encaminhamento dará ao tema. 

Apesar da negativa de apoio, Brunetto garante que a CPI já conta com a adesão de cinco parlamentares. O petista aposta que, ainda na semana que vem, já terá as oito assinaturas necessárias para instaurar a investigação. 

“Temos que investigar profundamente essa vergonha que é o vencimento dos medicamentos. Quem é o responsável pela licitação, compra, e vencimento dos remédios. Se foi apenas um lote vencido ou mais”, pontuou. 

Além da proposta de Brunetto, também aguarda apoio de mais parlamentares para ser instaurada a CPI do Fethab, de autoria do deputado Márcio Pandolffi (PDT). O objetivo dela é investigar a aplicação do fundo e a denúncia de que há um desvio de verbas para outras finalidades. 





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