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Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Sexta - 07 de Junho de 2013 às 20:23

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O déficit de pelo menos 250 leitos para atender, de imediato, pacientes do Pronto-Socorro de Cuiabá, faz com que uma situação antiga, de pacientes “depositados” pelos corredores da unidade expostos a situações vexatórias e sem um mínimo possível de privacidade que os leitos em quartos oferecem, continue sendo um dos principais gargalos que precisam ser urgentemente solucionados. São dezenas de dezenas de camas hospitalares espalhadas pelos corredores da unidade com pacientes que já foram atendidos e aguardam desocupar leitos para serem remanejados e também pessoas que acabam de dar entrada na unidade, principalmente vítimas de acidente de trânsito.


 
É extremaente comum verificar que os pacientes que chegam ao PS com alguma fratura que incialmente já foi atendida pela Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ficam em camas espalhadas pelos corredores enquanto aguardam atendimento por um médico ortopedista. Este era o caso da dona de casa Sueli Lopes, 49, vítima de um acidente envolvendo motocicleta. Ela apresentava ferimento em uma das pernas e clamava de dores “largada” em um dos corredores do PS esperando o momento de ser atendida. Quem a consolava era a filha Renata Adriana Lima, 21, instrutora de auto-escola.


 
Além da exposição que os pacientes sofrem quando ficam deitados pelos corredores, Renata reclamou sobre a falta de informações precisas na unidade. “Minha mãe foi trazida pelo Samu e eu vim depois e ninguém soube informar o local onde ela estava”, conta a instrutora que antes de localizar a mãe em um dos corredores precisou percorrer várias alas na unidade perguntando para funcionários que não sabiam passar a informação exata.


 
Outro paciente, também vítima de acidente de motocicleta que se agonizava sobre uma cama deixada em outro corredor era o jovem Cleber Pereira de Oliveira. Com a perna esquerda quebrada em 2 lugares e já imobilizada, ele também reclamava das fortes dores na cabeça devido a violenta pancada sofrida. Este foi o motivo que ele foi transferido para Cuiabá, para ser examinado por um médico neurologista para identificar a gravidade da pancada que ocasionou um coágulo e ele foi imediatamente trazido para Cuiabá. No entanto, até às 17h desta quinta-feira (06) ele ainda não tinha sido examinado pelo especialista.


 
A irmã dele, a cozinheira Clézia Pereira de Oliveira, 33, estava em pé ao lado da cama do irmão, pois ambos são moradores de Matupá (695 Km ao norte de Cuiabá) e diferente de quem mora na capital e acaba levando cadeiras de fio para “descansar” enquanto acompanham familiares que estão internados, ela não tinha essa opção. Ela contou que ele chegou ao PS de Cuiabá na madrugada de quarta-feira e ainda aguardava ser examinado e também um leito em um dos quartos. Clésia, para não deixar o irmão sozinho internado em Cuiabá chegou na Capital às 4h desta quinta-feira e veio preparada com uma mala de roupas que estava no chão do corredor ao lado da cama do irmão.


 
Com dores pelo corpo, e segundo a irmã, sofrendo de lapsos de memória em virtude da forte pancada na cabeça, Cleber estava deitado sobre uma cama sem colchão. Apenas um cobertor separava seu corpo da cama dura e gelada de metal.


 
A irmã dele reclamou do “problema”, pois acreditava que pelo menos um colchão deveria ser fornecido a ele.A irmã dele, a cozinheira Clézia Pereira de Oliveira, 33, estava em pé ao lado da cama do irmão, pois ambos são moradores de Matupá (695 Km ao norte de Cuiabá) e diferente de quem mora na capital e acaba levando cadeiras de fio para “descansar” enquanto acompanham familiares que estão internados, ela não tinha essa opção. Ela contou que ele chegou ao PS de Cuiabá na madrugada de quarta-feira e ainda aguardava ser examinado e também um leito em um dos quartos. Clésia, para não deixar o irmão sozinho internado em Cuiabá chegou na Capital às 4h desta quinta-feira e veio preparada com uma mala de roupas que estava no chão do corredor ao lado da cama do irmão.



Por outro lado, o diretor administrativo do Pronto-Socorro, o médico Celso Vargas, afirma que não estão faltando colchões na unidade. Justificou que é recomendação médica para que pacientes com suspeitas de traumas ou lesões na coluna. sejam colocados em camas sem colchões, pois caso tenha sofrido lesão, ela pode se agravar. Somente após avaliação de um neurocirurgião é que o paciente é transferido para uma cama macia. Conforme Vargas, esse atendimento precisa ser realizado em no máximo 72h.


 
Sobre a falta de leitos, ele disse que a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá está trabalhando para contratar pelo menos 250 leitos. Para isso está buscando vagas em outros hospitais para locar esses leitos. Os contatos estão sendo feitos na Santa Casa de Cuiabá, Hospital Geral e Júlio Müller.





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