Comer fora de casa fica 6% mais caro no primeiro semestre
A necessidade de almoçar fora todos os dias tem prejudicado o bolso do consumidor. Em junho, de acordo com o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15), a refeição fora do lar registrou variação de 1,38%.
Com esse resultado, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a refeição consumida fora do domicílio constituiu-se no item de maior contribuição individual no índice deste primeiro semestre do ano, acumulando uma alta de 6% no período.
No seis primeiros meses do ano, o grupo Alimentação e Bebidas foi o responsável pelo resultado do semestre, contribuindo com 1,87 ponto percentual, cerca da metade do índice de 3,67% do IPCA-E.
Variações regionais
Considerando a alimentação fora de casa, os destaques em encarecimento no sexto mês do ano ficaram com Recife (2,76%) e Goiânia (2,25%). No acumulado de janeiro a junho, as maiores variações foram as de Rio de Janeiro (6,73%), Curitiba (6,72%) e São Paulo (6,17%).
Alimentos
Dentre as regiões pesquisadas, todos os consumidores passaram a pagar mais para se alimentarem no mês de junho do que pagavam em maio. De maio para junho, a maior taxa para o grupo alimentos foi registrada em Curitiba (3,02%) e a menor em Belém (0,30%).
No acumulado do ano, as famílias da região metropolitana de Salvador já estão pagando 11,62% a mais pelos alimentos, seguidas por Recife, cuja alta atingiu 11,34%. Belém e Curitiba apresentaram variações próximas, com 10,21% e 10,07%, respectivamente, ressaltando-se que não houve região com aumento inferior a 7,46% nos alimentos, taxa observada em São Paulo.
IPCA-15
Para cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 16 de maio a 13 de junho e comparados com aqueles vigentes de 15 de abril a 15 de maio. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está apenas no período de coleta dos preços.
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