MT tem o litro de álcool mais barato do País
Mato Grosso tem o litro de álcool hidratado mais barato do Brasil. Após um intervalo de um ano, o Estado volta a ocupar o primeiro lugar do ranking brasileiro e mais uma vez deixa para trás São Paulo, Estado que agrega a maioria das usinas produtoras do combustível e as maiores lavouras de cana-de-açúcar do país.
De acordo com o último levantamento de preços feito na semana passada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor médio apurado nos 148 postos pesquisados foi de R$ 1,21, contra R$ 1,25 em São Paulo. Ontem, o litro do álcool atingiu o menor valor do ano, R$ 1,06, no posto Planalto Ipiranga, em Várzea Grande.
A boa notícia vale também para o litro comercializado da gasolina no Estado, que, segundo a ANP, perdeu a primeira e segunda posições – rotina dos preços adotados em Mato Grosso, sempre entre o mais caros do Brasil – para ocupar a oitava posição. Mais uma vez, o litro mais caro se encontra no Acre, com preço médio de R$ 2,93 e Mato Grosso com média de R$ 2,62. Porém, numa comparação mais restrita, a gasolina mais cara do Centro-Oeste está em Mato Grosso.
É foi no mesmo posto, no Planalto Ipiranga, que o Diário encontrou o litro da gasolina mais barata, R$ 2,49. Para quem esperava o fim das sucessivas baixas de preços nos postos de Cuiabá e Várzea Grande neste final de semana, foi surpreendido com nova redução. Postos que ainda sustentavam preços entre R$ 2,70 e R$ 2,60, aderiram à onda baixista para a gasolina e também saíram da casa dos R$ 1,39 para álcool. A redução dos preços entra na terceira semana nas duas cidades. Entre gerentes e frentistas, a informação é sempre a mesma, não sabem até onde os preços podem chegar e nem quanto tempo pode durar a temporada de ‘promoções’.
Mas há postos que ainda conseguem sustentar preços e ficar fora da ‘guerra de mercado’, como é o caso das redes mato-grossenses Simarelli e América e alguns estabelecimentos da bandeira Petrobras. Nestas unidades, o litro da gasolina está em média a R$ 2,69 e de R$ 1,14 a R$ 1,18 para o álcool.
Na pesquisa da ANP que apurou preços entre os dias 15 a 21 deste mês, o ranking de preços mais baixos está formado da seguinte maneira, Mato Grosso em primeiro lugar com valor médio de R$ 1,21, São Paulo com média de R$ 1,25 e Goiás com o litro a R$ 1,38.
Na comparação das quatro últimas semanas disponibilizadas pela pesquisa, o preço do álcool acumula redução de 10,37%, passando de uma média de bomba de R$ 1,35 na semana do dia 31 de maio para atuais R$ 1,21. Ampliando a análise do comportamento dos preços, com a média adotada no início do ano, quando o litro na bomba chegou a R$ 1,56, a queda nos valores ao consumidor ultrapassa 30%. Em maio deste ano o álcool mato-grossense havia atingido o terceiro melhor preço do Brasil, (R$ 1,40). Em junho do ano passado, o preço médio do álcool foi o menor do Brasil, comercializado a R$ 1,30, mas naquela ocasião a bomba chegou a registrar até R$ 1,03 pelo litro.
GASOLINA – O combustível, que já atingiu o valor de R$ 2,39 pelo litro comercializado na bomba, em abril, volta a sofrer queda em Cuiabá e Várzea Grande. Mesmo sem chegar ao mesmo nível, ontem, os preços ao consumidor voltaram a contabilizar baixas e registrar num posto de Várzea Grande, R$ 2,49.
De acordo com um frentista do posto Planalto Ipiranga, a baixa não tem explicação lógica, segue tendência do mercado e pode durar por um dia ou mesmo até o final da semana.
Se há alguma justificativa para a queda nos valores de bomba da gasolina, ela está atrelada ao álcool. Segundo gerentes de postos, a queda da gasolina foi em função da baixa nos preços do álcool, uma vez que o anidro é utilizado na mistura com a gasolina. Caindo os preços do álcool, conseqüentemente os preços da gasolina também sofrem redução, embora em menor proporção porque a adição à gasolina é de 25%. “A continuar a baixa nos preços do álcool, o valor de bomba da gasolina poderá cair mais um pouco”.
Segundo a pesquisa da ANP, o preço médio do produto no Estado despenca no ranking nacional, atingindo preço médio de R$ 2,62. Comparando as últimas quatro pesquisas da ANP, do final de maio até a semana passada o valor de bomba revela recuo de é de 4,72%, comprando o preço médio de R$ 2,75 no final de maio e dos atuais R$ 2,62.
O litro mais caro continua no Acre (R$ 2,93) e no Centro-Oeste, Mato Grosso dispara em preços, pois em Goiás a média é de R$ 2,35, Distrito Federal com média de R$ 2,58 e o Mato Grosso do Sul com média de R$ 2,53.
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