Caminhoneiros entram em greve dia 25
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) confirmou para a zero hora do dia 25 de junho, o início da greve dos caminhoneiros que trabalham com frete em todo o País. A categoria reivindica, entre outras medidas, receber o repasse do aumento do preço do óleo diesel, a revogação da lei municipal que proíbe o tráfego de caminhões em São Paulo durante o dia, além da melhora da segurança nas estradas.
Segundo o presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, os caminhoneiros vêm tentando negociar as exigências com o Ministério do Transporte desde 1999, mas nada foi atendido. "Dessa vez decidimos primeiro parar tudo e depois negociar. Temos dia para começar a paralisação, mas não temos dia para retornar ao trabalho", disse. O presidente da associação ressaltou que não haverá interdição de estradas. "Não queremos atrapalhar as pessoas que estiverem viajando".
Fonseca explicou que devido ao aumento do preço do óleo diesel muitos caminhoneiros não conseguem chegar ao seu destino, pois faltam recursos financeiros. Ele ainda destacou que só este ano já foram roubados mais de R$ 300 milhões em cargas e um caminhoneiro foi morto. "Não podemos concordar com essa situação.
Quanto à lei municipal que proíbe a circulação de caminhões na capital paulista durante o dia, o presidente da associação disse que ela dificulta muito o trabalho dos caminhoneiros e ainda coloca sua vida e cargas em risco. "Ao chegar à cidade o motorista é obrigado a aguardar anoitecer para poder retomar viagem. Onde ele vai aguardar? Isso com certeza irá deixá-lo suscetível a assaltos", disse. E completou: "Esses motoristas vão ficar horas esperando, depois vão querer correr na estrada para recuperar o tempo perdido".
A categoria quer ainda a instituição de um referencial de valor por quilômetro rodado, o arquivamento do projeto de lei 2304/07 que derruba o vale-pedágio e a fiscalização do pagamento deste vale e do excesso de peso nos caminhões. "O sistema de fiscalização precisa ser revisto, cada fiscal faz de um jeito. Fica difícil para nós e deve ter algo errado".
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