Brasil lidera em ranking de confiança sexual
Uma pesquisa feita em 25 países indica que os brasileiros são os mais confiantes em relação a ter uma vida sexual plena, apesar de não serem os mais seguros no que concerne a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e a gravidez.
A pesquisa The Face of Global Sex 2008: Sexual Confidence ("A Face Global do Sexo: Confiança Sexual", em tradução literal), promovida pelo fabricante de preservativos Durex, coloca o Brasil em primeiro lugar em listagens relativas à confiança numa vida sexual feliz e satisfatória e à confiança em buscar informações sobre sexo.
Mas no ranking relativo à confiança em como evitar DSTs, os brasileiros apareceram na quinta colocação, e na relação sobre como evitar a gravidez, em quarto.
Em ambos os casos, o país que ficou em primeiro lugar foi a África do Sul.
Papel dos pais
Entre os pesquisados no Brasil, 80% disseram estar confiantes em ter uma vida sexual feliz e satisfatória. Em segundo lugar vieram Canadá (74%) e Itália (65%), e em último lugar, o Japão (54,5%).
A pesquisa também identificou as principais fontes de educação sexual dos ouvidos.
No Brasil, 75% dos ouvidos disseram primeiramente buscar informações sobre o assunto em conversas com amigos e parceiros, e em segundo lugar, em revistas (71,4%).
Os pais ficaram em sétimo lugar (33%) como a fonte preferida para orientação, mesmo com a indicação do estudo de que eles são as principais referências na educação sexual dos jovens.
“Essa constatação (de que essa fonte de informação ficou em sétimo lugar) nos surpreendeu, pois os pais são a fonte de informação que tem mais impacto na confiança sexual de uma pessoa. Apesar de falarmos muito com os amigos, não é a opinião deles que respeitamos”, disse Miguel Fontes, diretor da consultoria de marketing social John Snow Brasil e um dos coordenadores da pesquisa.
DSTs
O governo foi identificado pela pesquisa como uma fonte importante de orientação para o aumento da confiança dos brasileiros na prevenção de DSTs. Além de ficar atrás da África do Sul, o Brasil perdeu nesse quesito para Espanha, México e Suíça.
“Isso é um indicativo de que o programa nacional de DSTs é reconhecido pelos cidadãos para melhorar sua confiança em conhecimento e prevenção, atitudes e práticas”, disse Fontes.
Em outro ponto, o levantamento indicou que a renda do pesquisado tem relação com sua confiança em evitar DSTs ou a gravidez ou sobre onde procurar informações.
Entretanto, a renda não pareceu ter influência sobre a confiança dos pesquisados em ter uma vida sexual satisfatória.
No estudo, 26 mil pessoas de variadas classes sociais responderam um questionário com perguntas agrupadas em três temas: aspectos demográficos e antecedentes do entrevistado; sua saúde e bem-estar e sua vida sexual.
Além dos países citados, foram ouvidas pessoas em Estados Unidos, Austrália, Áustria, Grã-Bretanha, Holanda, Nova Zelândia, França, Alemanha, Nigéria, Polônia, Índia, Malásia, China, Rússia, Cingapura, Grécia, Tailândia e no território de Hong Kong.
No ano passado, o Brasil ficou em segundo lugar em um ranking dos que fazem sexo com mais freqüência, após uma pesquisa realizada em 26 países.
Comentários