Nos pênaltis, Espanha supera Itália e passa às semi da Euro
A equipe do técnico Luís Aragonés supera assim antigos traumas, de jamais conseguir êxito em fases decisivas das principais competições mundiais e, além disso, de ser uma espécie de "freguês" da Itália nos mata-matas.
No duelo deste domingo, os espanhóis foram melhores em boa parte da partida. Mesmo assim, o nervosismo pesou contra a equipe, que desperdiçou boas chances de definir a situação no tempo normal, mas acabou parando na forte defesa italiana.
Nos pênaltis, melhor para o goleiro Casillas, que saiu de campo como herói após defender as cobranças de De Rossi e Di Natali, decisivas para a vitória espanhola.
A Espanha enfrenta agora a Rússia, de Guus Hiddink, na próxima quinta-feira, novamente em Viena, pelas semifinais da Eurocopa.
O jogo
Sem Pirlo e Gattuso, que cumpriam suspensão pelo acúmulo de cartões amarelos, a Itália voltou a privilegiar seu jogo defensivo no duelo com os espanhóis. As lembranças das eliminações para os rivais, no entanto, parecem ter incomodado a Espanha, que esteve melhor na partida e desperdiçou excelentes chances de matar o duelo ainda no tempo regulamentar.
Aos 31min do primeiro tempo, por exemplo, David Silva dominou pelo lado direito, levou a bola para o meio e finalizou forte, exigindo boa aparição de Buffon no canto esquerdo da meta. Pouco depois, foi a vez de Xavi experimentar a finalização, mas mandar o lance em cima da defesa.
A Itália se fechava, mas notou o nervosismo espanhol. Tanto que conseguiu a primeira boa chance da partida, aos 17min, quando Ambrosini cruzou na medida para Perrotta aparecer livre no meio da zaga e cabecear em cima de Casillas.
O goleiro espanhol parecia mesmo ser o ponto de experiência do jovem grupo. Na volta do intervalo, após Villa perder boa oportunidade aos 6min, coube a Casillas salvar o que seria um gol italiano. Aos 15min, Luca Toni aproveitou um cruzamento pela esquerda e desviou curto para Camoranesi emendar o chute e ver o arqueiro rival salvar o lance com a perna esquerda.
Mas a atual campeã mundial, apesar de ver os espaços deixados pelo adversário, não quis se arriscar. Fechou-se ainda mais e viu um bombardeio espanhol nos minutos finais. Aos 33min, Marcos Senna cobrou uma falta com perigo e viu Buffon espalmar para fora. No minuto seguinte, foi a vez de Fábregas tocar curto para o brasileiro finalizar de primeira. O arqueiro espalmou, mas a bola bateu na trave e por pouco não engana, obrigando a zaga a estourar o rebote.
Empate confirmado no tempo normal, a Eurocopa viu a sua terceira decisão no tempo extra em quatro partidas de quartas-de-final. E com a emoção valendo mais que esquemas táticos, os torcedores viram as duas equipes buscarem mais as jogadas . E mais uma vez os espanhóis foram melhores.
Aos 3min, David Silva aproveitou rebote da defesa e arrematou rente à trave esquerda. Dois minutos depois, a resposta italiana. Zambrotta cruzou da direita, Di Natale desviou de cabeça, mas Casillas espalmou lance sobre o travessão.
No segundo tempo da prorrogação, a Espanha foi para o tudo ou nada. Mas diante do paredão italiano, conseguiu apenas uma jogada de efeito, aos 5min, quando Villa foi lançado pela direita e finalizou cruzado. Buffon, contudo, saiu bem do gol e desviou pela linha de fundo.
Sem uma definição dentro das quatro linhas, a decisão da vaga foi para as penalidades. E lá brilhou Casillas. Enquanto Buffon defendeu apenas a cobrança de Guiza, o arqueiro espanhol defendeu as cobranças de De Rossi e Di Natali. E viu os companheiros Villa, Cazorla, Marcos Senna e Fábregas converterem suas cobranças. Grosso e Camoranesi marcaram para os italianos.
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