Índios ameaçam paralisar as obras da BR-163
Índios da região de Guarantã do Norte (a 745 km da Capital) se dizem insatisfeitos e ameaçam paralisar as obras da BR-163, bem como o trabalho do 9º Batalhão de Engenharia e Construção. Eles cobram um diálogo com a prefeitura, o Ministério dos Transportes sobre a obra, que está sendo viabilizada com mais de R$ 45 milhões oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os índios pertencem às tribos caiapós, apiacás, panarás, terenas e caiabis.
Segundo o cacique caiapó, Megaron Txucarramãe, falta clareza nas ações do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) e exige explicações sobre os impactos que essa obra pode causar ao meio ambiente, principalmente no que diz respeito às reservas indígenas. O cacique, que administra a Fundação Nacional do Índio (Funai) em Colíder, cobra que em 2006 eles (índios) fecharam a estrada e depois negociaram com o Dnit, que se comprometeu a pagar R$ 80 mil que foram gastos com a mobilização, mas até agora não pagou.
Além disso, os índios também querem caminhonetes e combustíveis. Reclamam ainda da discriminação das empresas de ônibus que se recusam a transportá-los e ainda de mercados que não vendem comida para eles.
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