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Saúde
Sexta - 20 de Junho de 2008 às 15:05
Por: Janã Pinheiro

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Sentada em uma cadeira de fio, com um terço enrolado na mão direita e o soro na outra, a estudante Jéssica Lima da Silva, 11, reza pedindo a Deus para melhorar e voltar para casa, ficar junto com o pai e as irmãs que ela deixou em Paranaíta (650 km de Cuiabá) para buscar tratamento médico na Capital. Jéssica, que tem câncer na perna esquerda, está internada na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá e precisa urgente de doadores de sangue.

Para combater o tumor ela começou esta semana as sessões de quimioterapia, fazendo com que o número de plaquetas baixasse drasticamente. Enquanto uma pessoa saudável tem de 150 a 400 mil plaquetas de sangue, ela está com apenas 4 mil. "Minha filha está fraca. Ela estava com 14 mil plaquetas na quarta-feira (17), baixou para 6 mil e agora está com 4 mil. Se ela não receber doação pode ter uma hemorragia. Peço de coração que todos aqueles que puderem doar sangue, de qualquer tipo, que ajudem minha menina, ela precisa muito. Quem fizer essa ação vai estar ajudando a salvar uma criança que sempre foi alegre e que tem paixão pela vida", diz Zenilda Lima da Silva, 27, que cuida sozinha da filha no hospital.

O drama de Jéssica começou em outubro de 2006, quando a menina começou a reclamar de dor na perna esquerda, que ficou bastante inchada. Ela foi levada ao hospital de Paranaíta onde exames preliminares constataram a presença de um tumor. Os médicos encaminharam Jéssica para Cuiabá, onde foi constatado que se tratava de um tumor maligno e que seria preciso fazer uma cirurgia.

Durante 4 meses a garotinha fez quimioterapia, para só depois passar pelo procedimento. Na cirurgia os médicos retiraram o tumor e 20% do osso da perna, que já tinha sido atingido pelo câncer. No local os médicos fizeram enxerto ósseo e colocaram uma platina. "Minha filha sofreu muito, mas não desistiu de lutar".

Até novembro do ano passado Jéssica fez sessões de quimioterapia a cada três semanas e finalmente recebeu alta para ir embora. "Nossa, foi uma alegria imensa. Ela não via a hora de voltar para casa, ficar com o pai e as irmãs, ver os amigos e voltar para a escola".

A menina retomou os estudos e começou a fazer fisioterapia. Com o apoio de muleta ela deixou a cadeira de rodas e já conseguiu se locomover sozinha. "Jéssica nunca baixou a cabeça", conta a mãe.





Fonte: A Gazeta

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