Setor madeireiro critica Sema por exigir novo cadastramento
O setor madereiro do Nortão está 'indignado' com a mais recente exigência da Secretaria Estadual de Meio Ambiente - SEMA- contida na portaria 87 para que indústrias madeireiras façam um recadastramento de suas atividades, com coordenadas geográfias, relação de sócios, contrato social, fotos, dentre outros pontos. O Sindicato das Indústrias Madeireiras diz que a a cobrança é desnecessária. "Todos os anos as madeireiras já são obrigadas a se recadastrar no CC-Sema (Cadastro Consumidor). Informamos tudo sobre nossa atividade. Cada madeireira gasta em média R$ 2 mil para atender essa exigência. Agora, a Sema quer nos obrigar a um novo recadastramento. Por que não usar estas informações que acabam de ser atualizadas pois 70% das madeireiras se recadastram no CC em maio ?", questionou o presidente do Sindusmad, José Eduardo Pinto, em entrevista ao Só Notícias.
Para ele, a nova exigência só aumenta a burocracia e representa mais custos para as indústrias madeireiras que tentam se recuperar das adversidades de mercado e outros fatores. "Para atender a nova exigência da Sema, cada indústria gastará mais R$ 3 mil para pagar engenheiro florestal, elaborar documentos, fazer cópia, despesas com viagens e por aí vai. Não tem necessidade. A Sema acaba de recadastrar, através do Cadastro Consumidor, 2.934 madeireiras em Mato Grosso. O que ainda falta saber ?", disparou, revoltado.
Eduardo explicou que 70% das madeireiras renovam cadastro entre abril e maio e, as demais, nos meses seguintes. Para ele, a secretaria tem as principais informações das empresas, sabe de seus projetos de manejo e demais atividades. "É completamente desnecessária essa cobrança", finalizou.
Comentários