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Internacional
Terça - 17 de Junho de 2008 às 17:46

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O clérigo radical Abu Qatada, considerado o "embaixador espiritual" de Osama bin Laden na Europa, foi libertado nesta terça-feira, com severas restrições à sua circulação, confirmaram autoridades britânicas.

Após pagar a fiança determinada em maio pela Comissão Especial de Apelações para Imigração (SIAC, na sigla em inglês), Qatada deixou o presídio de segurança máxima de Long Lartin, em Worcestershire, no centro da Inglaterra.

De origem jordaniana, Omar Mahmoud Mohammed Othman - nome verdadeiro de Abu Qatada - agora terá de passar 22 horas por dia em prisão domiciliar. Além disso, está obrigado a usar um dispositivo eletrônico e impedido de se relacionar com inúmeras pessoas, entre elas o líder da Al-Qaeda.

O clérigo, detido no Reino Unido desde 2002, ganhou em abril um recurso de apelação apresentado contra a decisão do governo britânico de deportá-lo para a Jordânia, que o reivindica por seu envolvimento em atentados terroristas.

O tribunal de apelação fundamentou sua decisão com o argumento de que o acusado poderia ser julgado na Jordânia com base em provas obtidas mediante tortura.

Ao saber da libertação de Qatada, a ministra de Interior do Reino Unido, Jacqui Smith, se disse "muito decepcionada" com o fato de a Justiça ter solto o clérigo, e declarou que o governo apelará à mais alta instância judicial no Reino Unido para anular a decisão contrária à deportação.

"A prioridade do governo é proteger a segurança pública e a segurança nacional. Tomaremos todos os passos necessários para fazer isso", afirmou a ministra. O governo britânico acusa Qatada de ter "conexões estabelecidas há muito tempo" com a Al-Qaeda e diversos grupos radicais islâmicos.

Enquanto estiver solto, o radical islâmico também não poderá utilizar telefones celulares, computadores ou qualquer outro sistema de comunicação.

Além disso, não vai poder manter mais de uma conta bancária aberta e terá de pedir permissão ao Ministério de Interior para receber visitas em casa, com exceção das feitas por familiares, advogados, serviços de emergência e crianças com menos de 10 anos.





Fonte: EFE

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