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Economia
Terça - 17 de Junho de 2008 às 09:40
Por: Ricardo Melo

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Em época de economia estável e boas perspectivas futuras, tem sido cada vez mais comum vermos pessoas que correm riscos propositais, em busca de rendimentos financeiros. Porém, não só na corrida por dinheiro, existem pessoas com esse perfil investidor. Na verdade, a ação de "correr o risco" deve ser aplicada não só no campo financeiro, mas sim em todo o âmbito da vida, por todas as pessoas. Fora do mercado, todos nós devemos saber como investir, seja na vida pessoal, amorosa ou profissional.

Em primeiro lugar, a idéia de investir está atrelada ao risco. Há investidores com grande fascínio por esse perigo, que estão sempre em busca de bons resultados. No mercado financeiro, os investidores conservadores preferem a certeza de ganhar pouco a correr o risco desconfortável de ganhar muito. O investidor é alguém que pensa a longo prazo, abrindo mão do consumo imediato para aplicar seu capital em busca de uma rentabilidade atrativa. Em outras palavras, essa rentabilidade atrativa pode ser considerada como aquele sonho que temos medo de buscar, ou aquele desafio, que não encaramos por medo.

Todos devemos ser investidores. O fato é que não dá para se viver com a ilusão de que não corremos riscos, já que a questão aqui é aprender com a mente do investidor, que procura correr riscos que sejam congruentes com seu estilo. Um investidor profissional sempre evita entrar em um negócio que não combine com sua forma de atuar, e assim ele mostra que há horas de dizer sim e há momentos muito importantes para se dizer não, e que ter sabedoria para distinguir um instante do outro é essencial para os riscos que ele vai ou não se submeter.

Tanto no contexto executivo como no pessoal, é sempre desafiador fazer escolhas sem saber ao certo qual será seu "reflexo" no futuro, pois é preciso ter a consciência da conseqüência em cada ação que tomamos. Na esfera profissional, pode haver a dúvida se devemos ou não arriscar uma nova carreira. Na vida a dois, saber momento exato dizer algo ou mesmo de se separar é um período delicado, em que um passo em falso pode nos colocar frente a algumas perdas, muitas vezes irreparáveis.

Viver é correr riscos em todas as áreas, em todos os momentos. Desde o instante que não temos certeza absoluta de nada, fazemos escolhas com um determinado nível de risco. A grande questão é: e quando, justamente por sermos conservadores e ficarmos imóveis, sem fazer nada, estagnados em nosso comodismo, acabamos correndo riscos maiores de termos problemas do que se ousássemos fazer algo diferente do que temos feito? Não investir, ou seja, não atuar a favor do que desejamos, é correr o risco maior de não ter uma segunda chance.

Por isso, devemos pensar bem nos riscos que estamos correndo ao fazer - ou não - alguma coisa. Normalmente, nossa impulsividade nos causa muito mais danos que imaginamos, nos colocando em perigos desnecessários. Porém, definitivamente, não investir é um risco que não vale a pena correr.

* Ricardo Melo é escritor, especialista em Coaching de executivos e de atletas profissionais, trainer em Programação Neurolinguística e diretor do Instituto Ricardo Melo, com reconhecimento internacional da ONU. www.institutoricardomelo.com.br





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