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Economia
Sexta - 13 de Junho de 2008 às 16:32

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A estrutura da atividade comercial no Brasil não sofreu alterações entre os anos de 2005 e 2006. De acordo com a Pesquisa Anual do Comércio, divulgada hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio por atacado continuou sendo o responsável pela maior parcela da receita gerada pelo setor, mas o comércio varejista manteve-se na liderança do número de empresas, número de estabelecimentos, pessoal ocupado e remunerações.

A pesquisa analisa a atividade comercial dividida em três segmentos: comércio de veículos e peças, comércio por atacado e comércio varejista, que inclui a venda de combustíveis.

Segundo os dados do levantamento, em 2006, a atividade varejista era composta por 1,3 milhão de empresas, 83,6% do total das empresas comerciais do país, e empregava praticamente oito em cada dez trabalhadores ligados ao comércio, totalizando 5,7 milhões de pessoas. Além disso, a atividade varejista foi responsável por 64,6% das remunerações, o que corresponde a R$ 39,8 bilhões, e gerou 41,8% da receita total da atividade (R$ 443,9 bilhões).

De acordo com a pesquisa, nesse setor, que passou por transformações nos últimos anos em conseqüência da "inflação baixa e da absorção de inovações tecnológicas e organizacionais", destacaram-se combustíveis e lubrificantes, com a maior receita de revenda (R$ 104,8 bilhões, 23,9% do total), e a área de hipermercados e supermercados, que pagou R$ 6,3 bilhões em remunerações (15,8%) e empregou 722,5 mil pessoas (12,5%), uma média de 74 trabalhadores por estabelecimento, enquanto a média para o varejo foi de cinco pessoas.

Já o comércio por atacado gerou, em 2006, receita de R$ 462 bilhões (43,5%), reuniu 109 mil empresas (7,2%), empregou 1,1 milhão de pessoas (14,8%) e foi responsável por 24,5% de todas as remunerações do setor (R$ 15,1 bilhões). O destaque foi o comércio de combustíveis e lubrificantes, que, embora tenha reunido pequeno número de empregados (3,8%) e de empresas (1,7%), gerou a maior receita de revenda: R$ 152,7 bilhões (34,2%). Já a atividade de comercialização de produtos alimentícios, bebidas e fumo concentrou o maior número de empresas atacadistas (29,4%), pessoal ocupado (26,2%) e remunerações (18,4%).

Ainda de acordo com os dados da pesquisa, as empresas do comércio de veículos, peças e motocicletas responderam por 9,2% do total dos empreendimentos (138,2 mil), geraram R$ 156,1 bilhões em receita (14,7%) e pagaram R$ 6,7 bilhões em remunerações (10,9%). O total de pessoas ocupadas no setor foi de 711,7 mil (9,4%).

Os destaques foram venda de veículos automotores, no que se refere à receita de revenda (R$ 108,6 bilhões, 71,9% do total de comércio de veículos, peças e motocicletas). Já a atividade de vendas de peças para veículos pagou o maior volume de remunerações (R$ 3,3 bilhões, 49,7% do total no segmento) para o maior número de empregados (437,2 mil pessoas, 61,4%), além de reunir o maior número de empresas: 101,8 mil, que correspondem a 73,6% do total.

Ao todo, a pesquisa verificou que em 2006 havia 1,6 milhão de estabelecimentos exercendo atividade de revenda de mercadorias, pertencendo a 1,5 milhão de empresas comerciais. Em conjunto, elas geraram cerca de R$ 1,1 trilhão em receita e empregaram 7,6 mil pessoas. O total pago em remunerações atingiu R$ 61,6 bilhões.





Fonte: ABr

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