Por nova via judicial, o PSC voltou a acionar o Supremo Tribunal Federal, nesta quinta-feira (6/6), contra a Resolução 175, do Conselho Nacional de Justiça, que obriga os cartórios a celebrar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Desta vez, a legenda ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para questionar a regra. No fim de maio, a legenda havia entrado com um Mandado de Segurança, que foi extinto pelo ministro Luiz Fux. Como o relator disse que o MS não era o procedimento adequado, o partido decidiu mudar a estratégia.
Para o ministro Luiz Fux, houve erro formal porque a resolução é considerada como uma "lei em tese", o que demanda uma ADI. O PSC volta a alegar que o CNJ cometeu abuso de poder ao editar a norma “estranha à sua competência”, pois uma discussão dessa natureza só poderia ter ocorrido no Legislativo. O partido lembra que, ao analisar o temam em 2011, o Supremo reconheceu apenas a união estável entre pessoas de mesmo sexo, mas não tratou do casamento civil.
Os advogados da legenda alegam ofensa aos artigos 59 e 60 da Constituição, que definem os processos e as prerrogativas para propor resoluções e emendas federais, além do princípio de separação dos poderes. Na avaliação da sigla, uma norma desta natureza só poderia ser editada no Congresso Nacional. A ação está sob relatoria do ministro Gilmar Mendes. Com informações da Agência Brasil.
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