Lula: é difícil fazer reforma da Previdência no País

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou as dificuldades de se fazer uma reforma da Previdência Social no Brasil, mas afirmou que o tema deve continuar a ser discutido para que seja possível se consolidar um aperfeiçoamento do sistema previdenciário "para daqui a 30 anos".

"Estou convencido de que é difícil qualquer reforma da Previdência passar no Brasil ou em qualquer país do mundo. Eu já me dei por convencido que uma reforma da Previdência precisa ser feita parra a próxima geração, ou seja, nós precisamos pensar em uma reforma para daqui a 30 anos para a gente garantir um novo patamar para os trabalhado, um novo patamar de benefícios", afirmou o presidente ao dar posse ao novo ministro da pasta, o deputado José Pimentel (PT-CE).

Lula comentou ainda as dificuldades que a Previdência enfrentava há cerca de dois anos e meio e disse que o governo conseguiu contornar uma "saraivada de notícias (negativas)" e resolver problemas como o das filas do INSS. "Foi montado um trabalho muito sério. Muitas coisas estão sendo feitas. O ministério está funcionando de forma azeitada", disse.

Filiado ao PT desde 1979, o deputado José Pimentel assume o Ministério da Previdência durante seu quarto mandato na Câmara dos Deputados. Foi relator da reforma do sistema previdenciário em 2003 e presidente da Comissão de Orçamento que apreciou a peça orçamentária de 2008. Ex-advogado do Sindicato dos Bancários de Fortaleza, foi também diretor da instituição e secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Ceará.

Pimentel se licencia do mandato de parlamentar para substituir o sindicalista Luiz Marinho, que deixou a pasta para concorrer à prefeitura de São Bernardo do Campo (SP).

Ao empossar o novo ministro, o presidente Lula homenageou Marinho, que não compareceu à solenidade no Palácio do Planalto. "É desnecessário dizer o que o Marinho significou para o Ministério, para o nosso País e para mim pessoalmente, numa relação muito antiga desde o movimento sindical", disse.