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Cidades/Geral
Sexta - 07 de Junho de 2013 às 08:17

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O Ministério da Saúde vai investigar as responsabilidades no episódio que culminou no desperdício de centenas de caixas de medicamentos, cujo prazo de validade venceu, em Cuiabá. O órgão irá solicitar ao secretário de Estado de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima, a relação de produtos que deixaram de ser entregues à população. A medida, anunciada nesta quinta-feira (6), foi motivada por declarações do gestor de que parte do problema é de responsabilidade do órgão, que teria enviado remédios em datas próximas ao vencimento.



 
A afirmação de Rodrigues foi feita durante visita de deputados estaduais, integrantes da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Mato Grosso à Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Insumos de Saúde (Ceadis). No local, gerenciado pelo Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (Ipas), constataram o desperdício de medicamentos para tratamento a pacientes de câncer e até testes rápidos para detecção de HIV.



 
Após visitarem o galpão, os deputados se reuniram com Rodrigues, que tentou explicar os motivos para os problemas verificados. Entre as justificativas do gestor estava o fato de que o MS encaminharia remédios com prazos de 3 a 5 meses antes do vencimento e que isso teria sido causa de parte das perdas. "Não podemos pegar pacientes no laço. Uns infelizmente morrem, outros felizmente se curam e acaba sobrando remédio. Com um prazo curto eles têm a validade vencida. O que não quer dizer que não houve um problema de gestão. Estamos tentando melhorar isso".



 
De acordo com o Ministério, as aquisições de medicamentos são feitas de 3 formas. Uma integralmente pedida e paga pelo órgão, outra pedida pela Secretaria de Estado de Saúde e paga pelo ministério e uma terceira modalidade integralmente conduzida pela secretaria.



 
As justificativas não convenceram os deputados que cobram explicações para a questão. "É algo inadmissível, não há uma política de gestão eficiente. Não está claro, para nós, o motivo para o vencimento dos produtos e, pela terceira vez, há uma promessa de, a toque de caixa, resolver a situação", salientou o deputado Ademir Brunetto (PT). Outro integrante da Comissão, Guilherme Maluf (PSDB), classificou as pilhas de caixas de medicamentos como um fato lamentável. "O governo contratou uma OSS para resolver o problema, que já é antigo, mas parece que não está funcionando". Por ano, para gerenciar a distribuição dos medicamentos, o Estado paga R$ 7 milhões, conforme contrato.



 
Presidente da Comissão, o deputado Antônio Azambuja (PP) afirmou que os parlamentares vão cobrar o envio de informações sobre medicamentos vencidos, além de ouvirem Rodrigues e representantes do Ipas.





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