Estudo diz que ajustar o sono pode ajudar a tratar demência
Uma pesquisa realizada por pesquisadores holandeses sugere que o ajuste do relógio biológico de pacientes com demência pode ajudar a tratar a doença.
De acordo com os especialistas, da Academia Real Holandesa de Artes e Ciências, em Amsterdã, a demência interfere no ritmo circadiano, que controla todos os ciclos naturais do organismo, entre eles o sono e o estado de vigília.
Eles explicaram que, por conta do descontrole deste ritmo, muitos pacientes com demência passam boa parte do dia dormindo e da noite acordados. Eles ainda sofrem de variações no humor, podendo ficar agressivos ou depressivos.
Para tentar reverter este quadro, os pesquisadores fizeram uma experiência com 189 residentes de clínicas para idosos.
Seis clínicas envolvidas no estudo ficaram com as luzes acesas entre as 9h e 18h para estimular os voluntários com demência a ficar acordados.
Alguns pacientes ainda tomaram melatonina, um hormônio que melhora a qualidade do sono.
Depois de monitorarem os participantes durante um ano, os especialistas verificaram que os que tomaram o hormônio mas não ficaram em ambientes iluminados durante o dia dormiram melhor à noite, mas ainda tiveram variações de humor.
Em contrapartida, os voluntários que ficaram sob a influência da luz e tomaram a melatonina tiveram melhoras em todos os aspectos.
Segundo eles, a deterioração mental teria diminuído 5% nesses casos e os sintomas depressivos foram reduzidos em 19%.
Os especialistas sugeriram que clínicas de idosos considerem deixar pacientes com demência em ambientes bem iluminados durante o dia.
A pesquisa foi publicada na publicação científica American Medical Association.
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