Governo Lula reduz gastos com publicidade pela primeira vez
O valor consumido pelos órgãos da administração direta e indireta vinham crescendo desde 2003, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao Planalto. Naquele ano, foram investidos R$ 700,5 milhões com este fim. Em 2005, o valor chegou a R$ 1,014 bilhão. Em 2006, atingiu-se o recorde até hoje, de R$ 1,115 bilhão gastos. Em 2007, o valor caiu para R$ 908,1 milhões.
Segundo a Secom, a redução registrada em 2007 resulta da exigência feita pelo Congresso, por meio de emenda da oposição ao Orçamento Geral da União, de redução de 10% dos valores em publicidade aplicados em 2007, em relação a 2006. Também contribuiu para a diminuição o fato de algumas estatais e pastas terem ficado sem agência de publicidade em 2007, como Correios e Ministério dos Transportes.
No caso dos Correios, a licitação para a escolha da agência de publicidade foi suspensa pela Justiça. Só a estatal tem verba anual estimada em R$ 90 milhões para propaganda.
Os números divulgados pela Secom não trazem a totalidade dos gastos do governo com propaganda. As tabelas não incluem os gastos com editais e balanços nem custos de produção dos comerciais, que são pagos à parte às agências. Além disso, o levantamento não leva em conta os patrocínios.
No Orçamento de 2008, a previsão de gastos com publicidade foi reduzida em 20%, em razão do fim da CPMF. Mesmo assim, o secretário-executivo da Secom, Ottoni Fernandes Júnior, estima que em 2008 os gastos devem se aproximar do patamar recorde de 2006.
Ele atribui a alta que deve ser registrada em 2008 a um crescimento da participação da publicidade das estatais que competem no mercado. Em 2007, essas empresas responderam por 72,2% do total das verbas de mídia, com um investimento de R$ 656,2 milhões.
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