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Agronegócios
Terça - 10 de Junho de 2008 às 09:29

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Mato Grosso teve este ano a segunda maior safra de soja de sua história, colhendo 17,661 milhões de toneladas do grão com resultado médio de 52,47 sacas por hectare. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (Imea) da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). A maior safra já registrada foi no período 2004/05, com 17,937 milhões de toneladas, apenas 1,56% a mais que a de agora. Vale ressaltar também, que a safra campeã em produção tinha área maior que a atual. Em 04/05 foram plantados 6,1 milhões de hectares, contra 5,6 milhões de hectares na safra 07/08.

Os números do Imea são um pouco diferentes dos divulgados ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no 9º Levantamento de Safra deste ano. Na previsão do órgão governamental, Mato Grosso deveria colher 17,737 milhões de toneladas de soja. A diferença é de apenas 76 mil toneladas. Porém, a produtividade levantada pelo Imea ficou maior que a prevista pela Conab. Enquanto o órgão federal aponta 3,136 mil quilos por hectare, o Imea apurou 3,148 mil quilos por hectare.

Segundo a analista de grãos e fibras do Imea, Maria Amélia Tirloni, a entidade acompanhou de perto a produtividade do grão no Estado. Mas não teve condições de medir a área plantada, porque o Imea estava passando por uma reestruturação. Por conta disso, nos estudos foram utilizados a área prevista pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que está estimada em 5,6 milhões de hectares, o que representa um aumento de cerca de 7% sobre o registrado na safra anterior.

Maria Amélia destaca que a atual área plantada de soja não é a maior que o Estado já teve, mas mostra uma recuperação em relação às duas últimas safras, quando a agricultura passou por grande crise no Estado. A safra 07/08 do grão também teve problema com a demora no início e no fim do período de chuva e um pouco de ferrugem asiática. Mas nem isso foi suficiente para prejudicar desempenho atual.

A analista explica que a preocupação com a chuva se deu porque cada vez mais os produtores estão plantando a soja mais cedo para garantir o plantio do milho safrinha, que é feito depois da colheita da oleaginosa. E como as chuvas demoraram até 15 dias para começar a cair em algumas regiões, houve certa apreensão.

O município de Sorriso se manteve como o maior produtor, sendo responsável por 10% da produção total de soja do Estado.





Fonte: A Gazeta

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