Crime passional: homem é executado na saída do serviço
Segundo investigações da equipe do Serviço Reservado da Polícia Militar, um pouco antes das 16 horas, horário de saída do trabalho, a mulher teria tentado um contato através de celular com Genésio, para saber se ele iria buscá-la de moto. Como não conseguiu contato, ela teria decidido utilizar o transporte coletivo que é disponibilizado pela empresa aos funcionários. Genésio, está afastado para tratamento médico e por isso não tem comparecido ao trabalho, mas diariamente ia buscar a companheira. Ontem também foi assim. Ao sair do frigorífico, a mulher viu Genésio em frente e foi conversar, ouvindo a história de que ele estaria a espera de um fazendeiro que lhe teria oferecido um serviço. A conversa se deu em frente a indústria. Genésio demonstrava uma certa tranqüilidade, até que viu Luis Carlos sair do portão principal e, lentamente, dirigiu-se até o seu desafeto, disparando, com arma de fogo cujo modelo e calibre ainda não foi identificado, de uma distância de aproximadamente três metros, com um tiro certeiro no lado esquerdo do peito, provavelmente tendo atingido o coração da vítima. Luis Carlos ainda tentou correr para o interior do ônibus, sendo seguido por Genésio que disparou mais uma vez.
Não houve relato na ocorrência de que o segundo tiro tenha atingido a Luis Carlos. Genésio então ganhou rumo ignorado.
Premeditado – Segundo um policial do serviço reservado da PM, há cerca de dois meses a instituição já havia sido avisada, através de um B.O. que os dois, Genésio e Luis Carlos, estariam se ameaçando mutuamente por conta do caso extra-conjugal descoberto. “De parte a parte houve ameaças”, disse o policial que em conversa com a amásia do homicida, descobriu que, há pelo menos 15 dias, Genésio tentou comprar uma arma no bairro Vila Nova. Desde então, Genésio mantinha um “criado mudo” no seu quarto, trancado a chaves, onde apenas ele sabia o conteúdo, o que pode caracterizar que ele já planejava a execução de seu desafeto. As ameaças podem ter sido mais freqüentes, já que, ainda na semana passada a vítima da tarde desta terça-feira chegou a solicitar a superiores a transferência para outra unidade da empresa, dizendo que se sentia ameaçado. O relato foi feito por uma das testemunhas identificadas no Boletim de Ocorrências. Luis Carlos, apesar do aviso, não disse aos diretores de quem o estava ameaçando. Ontem o fato se consumou.
Para o Coronel Sergio Coneza, que acompanhou de perto as investigações, o crime é de natureza passional e o homicida deve se apresentar nas próximas horas, após findado o flagrante. No entanto, Coneza disse que a PM não irá esperar a apresentação de Genésio, tanto que já deslocou equipes para fazerem buscas nas redondezas na tentativa de localizar o autor dos dois disparos. Já se sabe que a Paranaíta ele não foi. A casa onde Genésio vive no Jardim Guaraná está vigiada. O homicida tem uma irmã que mora na cidade e que não soube dar informações do paradeiro. No entanto ela acredita que ele não tenha ido longe, visto que, dois dias antes, o homem teria pedido emprestados R$ 10,00, provavelmente para por combustível em sua moto. A polícia não afasta a possibilidade de Genésio se apresentar ainda hoje.
Comentários