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Policia MT
Sexta - 07 de Junho de 2013 às 05:32
Por: Adilson Rosa

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O delegado Flávio Stringueta observa os equipamentos de falsificação apreendidos com Nei Marcos Nunes
O delegado Flávio Stringueta observa os equipamentos de falsificação apreendidos com Nei Marcos Nunes
A Polícia Civil prendeu um falsificador quase perfeito de documentos que alimentava ações de estelionatários de todo o Estado, principalmente a Grande Cuiabá. 

Trata-se de Nei Marcos Nunes, de 41 anos, suspeito de aplicar um golpe que lhe rendeu cerca de R$ 100 mil em duas semanas. Para conseguir o dinheiro, ele utilizava cartões de crédito ou débito falsificados para comprar em duas empresas de fachada na Capital que ele mesmo montou. A prisão do suspeito ocorreu na tarde desta quarta-feira. 

Com ele, foram aprendidas, além de dezenas de documentos, 13 máquinas de débito e crédito e seis cartões de crédito de várias bandeiras usados para compras diversas no mercado. Os policiais descobriram que o falsário aplicava vários golpes em pessoas físicas e empresas. 

Com um portfólio variado, ele tinha como clientes pessoas que querem mudar de nome para limpar o passado sujo, cometer crimes e criminosos que querem se esconder da Justiça, principalmente ladrões de bancos. Para essas pessoas, forneciam documentos falsos. 

Segundo o delegado Flávio Stringueta, as máquinas de leitura de cartão eram a fonte de renda do estelionatário. Pelo engenhoso esquema, ele montou duas empresas de fachada e eram nelas que ele passava os cartões. 

“Para conseguir esses cartões, ele usava documentos falsos junto a financeiras que forneciam esses cartões. Uma vez com dinheiro no cartão, passava o cartão nas empresas de fachada fazendo compras fictícias”, explicou. 

A movimentação financeira está em mais de 30 comprovantes de Rede Car, sendo 15 em nome de uma empresa supostamente falsa “Web Lux”, que juntas somam cerca de R$ 100 mil, gastos em apenas 15 dias. Os valores variam de pequenas compras de R$ 10, R$ 100, além de R$ 555 a R$ 8 mil, R$ 10 mil e R$ 20 mil. 

O suspeito alegou que o dinheiro dos comprovantes foi usado para comprar a empresa, onde foi preso. Ele também revelou que cobrava uma média de R$ 100 por documento falso, dependendo do grau de falsificação e o tipo de documento. 


O estelionatário apareceu nas investigações do GCCO durante monitoramento de quadrilhas de roubo a banco e caixas eletrônicos. “Ele também falsificava documentos e os utilizava para dar golpes em instituições financeiras, financiamento veículos e conseguindo empréstimos”, destacou. 

O golpista foi preso numa falsa loja de material de construção, no Coxipó, usada para disfarçar a falsificação de documentos a diversos clientes com atividades ilícitas. 

No local, os policiais encontraram vasta documentação como carteiras de identidade (RG) falsas, CPF, cópias de documentos de terceiros, comprovantes de endereços, carteiras de motorista, 12 fotos 3x4, carteira de trabalho, diploma de curso superior, selos da Junta Comercial, entre outros, além de um notebook, duas CPUs e 24 folhas de cheque preenchidas em vários valores. 

A lista se completa com seis CRLV referente a cinco caminhões e uma picape caminhonete Hilux e placas falsas de dois caminhões, encomendadas ao estelionatário.





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