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Cidades/Geral
Sexta - 07 de Junho de 2013 às 03:42
Por: Alecy Alves

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Uma decisão judicial proferida pela Justiça Federal de Mato Grosso do Sul, suspendendo uma reintegração de posse em área indígena, estaria provocando uma corrida de volta à reserva de Marãiwatsédé, no município de Alto Boa Vista (1.050 km de Cuiabá). 

Pequenos produtores, fazendeiros e moradores do distrito Posto da Mata, despejados no final de janeiro deste ano, estão se reinstalando nas áreas que antes ocupavam. 

Além das famílias que se encontravam acampadas à margem da rodovia (BR-158) desde o início da semana, outros ex-ocupantes da reserva dos índios xavantes, também conhecida como gleba Suiá Missú, chegam a todo momento na região. 

O presidente da Associação dos Produtores Rurais da Gleba Suiá Missú (Aprossu), Sebastião Prado, diz que todos retornam dispostos a reconstruírem as casas onde viviam e recomeçar as plantações e criações de animais. 

Conforme Sebastião Prado, alguns produtores estão se instalando em barracas e outros no que sobrou de suas antigas moradias, demolidas durante o processo de desintrusão, também determinada pela Justiça Federal. 

Uma carta-denúncia divulgada esta semana pelo Conselho Missionário Indigenista (Cimi) confirma o que Sebastião Prado declarou à reportagem do Diário. 

Na carta, o cacique Damião Paridzané, líder da comunidade xavante da terra indígena Marãiwatsédé, reclama que os posseiros estão retornando e pede ajuda da justiça e da polícia. 

Paridzané escreve no documento, em forma de alerta, que os invasores “estão procurando confronto com os índios” e exige o cumprimento da medida judicial que determinou a expulsou dos fazendeiros da área. 

Anteontem, o Ministério Público Federal (MPF) ingressou na Justiça com pedido de retirada imediata dos invasores. Na petição protocolada ainda requer o envio de um oficial de Justiça e policiais, rodoviários e da Força Nacional para fazer a desocupação. 

O MPF Também pede que o a justiça determine que o Incra reassente as famílias expulsas da reserva. Até o fechamento desta edição, o juiz Julier Sebastião da Silva, da Primeira Vara Federal, não havia analisado a petição. A reserva tem uma área estimada em 165 mil hectares.





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