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Cidades/Geral
Quarta - 04 de Junho de 2008 às 07:22

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Dois servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), acusados de participar de crimes ambientais, foram exonerados e o ato foi publicado ontem no Diário Oficial. José Marcondes dos Santos Neto, conhecido como Muvuca, foi preso pela Polícia Federal (PF) em 30 de abril, durante a Operação Termes. Ele é suspeito de participar de um esquema para a exploração irregular de madeira nobre na região Norte de Mato Grosso.

O segundo funcionário exonerado pela administração estadual é Emanoel Rosa de Oliveira. O servidor era diretor Regional do escritório da Sema em Pontes e Lacerda e está envolvido na Operação Caipora, deflagrada pela PF em 29 de maio. A ação investigou a exploração de madeiras em áreas indígenas, na região Oeste de Mato Grosso e Rondônia.

Na ocasião, a diretoria da Sema declarou que os servidores eram comissionados e com a comprovação do crime seriam exonerados. O processo judicial ainda não foi concluído, no entanto os dois funcionários foram demitidos. Ambos foram exonerados com a data de 30 de maio.

As duas operações foram responsáveis pela prisão preventiva de servidores da administração federal e estadual que facilitavam a ação criminosa. No caso da Operação Termes, estavam envolvidos policiais rodoviários, militares e civis, além de fiscais da Sema, do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e madeireiros.

Os fiscais ofereciam falsos certificados de identificação para o transporte de madeira nobre, cujo a extração é proibida. Em seguida, eram emitidas notas fiscais e guias florestais regulares, porém a madeira carregada no caminhão era diferente da identificada no documento.

Um ex-policial rodoviário federal tinha informação privilegiada sobre a localização dos caminhões em situação irregular. Ele facilitava a liberação e junto com a sua esposa fazia o pagamento dos envolvidos.

A Operação Caipora atingiu a extração ilegal de madeira na terra indígena do Guaporé. Os funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) aliciavam os indígenas para trocar as madeiras nobres da reserva por mercadorias. Eles facilitavam o transporte e os fiscais da Sema não fiscalizavam os veículos, mediante propina paga pelos condutores.

Outro lado - O secretário Luís Henrique Daldegan foi procurado para falar sobre o assunto, mas não foi encontrado.





Fonte: A Gazeta

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