Operação prende 19 suspeitos de falsificarem carteiras de habilitação
A Operação Carta Branca, implementada nesta terça-feira (3) contra uma organização criminosa que falsificava carteiras de habilitação no Estado de São Paulo, prendeu 19 suspeitos e cumpriu mandados de busca e apreensão em 34 localidades na Grande São Paulo. A quadrilha teria atuação em pelo menos oito estados e, de acordo com as investigações, teria movimentado R$ 1,3 milhão.
A ação contou com a participação unificada do Ministério Público de São Paulo, da Corregedoria Geral da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal, Secretaria da Fazenda e da Agência Nacional de Petróleo. De acordo com o Ministério Publico de São Paulo, foram apreendidos milhares de documentos que compravariam a fraude, além de dinheiro e prontuários de Carteiras Nacional de Habilitação.
Durante a investigação, 40 mil carteiras com suspeita de fraude foram bloqueadas. Segundo o MP, os documentos teriam sido vendidos por R$ 1.800 em Minas Gerais.
O esquema ocorria principalmente em Ferraz de Vasconcelos e Mogi das Cruzes, ambas na região metropolitana. De acordo com o MP, o esquema de venda de habilitações falsificadas tinha o auxílio de médicos, psicólogos, profissionais liberais, despachantes, proprietários e funcionários de auto-escola, policiais civis e do delegado da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Ferraz.
As investigações revelaram que os policiais cooptavam os compradores dos documentos falsificados e lançavam as informações falsas no sistema do Detran para a emissão da CNH. A Ciretran de Ferraz de Vasconcelos emitiu nos últimos dois anos, segundo o Ministério Público, pelo menos 1.231 habilitações falsificadas. Foram cumpridos todos os 19 mandados de prisão expedidos pela Justiça.
A investigação contou com uma força-tarefa composta por promotores de Justiça dos Grupos de Atuação Especial Regional de Prevenção e Repreensão ao Crime Organizado (Gaercos) de Guarulhos, Campinas, ABC, Santos, Vale do Paraíba, São José do Rio Preto, Sorocaba e São Paulo.
Quem comprou o documento terá a habilitação apreendida e vai responder criminalmente por uso de documento falso.
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