Detran bloqueia 40 mil habilitações em SP
A operação foi feita pela Polícia Rodoviária Federal e o Ministério Público. O Departamento de Trânsito ainda estava fechado quando o serviço de inteligência dos órgão chegou. A orientação era recolher tudo o que pudesse comprovar o crime. Os documentos eram feitos com papel original, mas os dados do condutor eram falsos - inclusive exames médicos e psicotécnicos.
As carteiras de habilitação eram emitidas na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Ferraz de Vasconcelos. Os documentos eram enviados para auto-escolas de várias cidades da Grande São Paulo, que distribuíam as falsificações para oito estados. O esquema só foi possível, segundo as investigações, porque o delegado titular do departamento participava da fraude.
Ele foi preso em casa, em Mogi das Cruzes, também na Grande São Paulo, junto com a mulher, dona de uma auto-escola. Os policiais também apreenderam um computador e documentos.
Em Poá, na região metropolitana, os policiais encontraram caixas lotadas de cópias de documentos, dinheiro e cheques. A dona de uma auto-escola também foi levada. Na empresa dela, as provas do crime: um lote de carteiras que seria enviado para Minas Gerais. Ao todo, foram emitidos vinte mandados de prisão contra empresários, médicos, psicológos e policiais.
As carteiras custavam até R$ 2 mil. Quem comprou o documento terá a habilitação apreendida e vai responder criminalmente por uso de documento falso.
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