Frota nacional de veículos a gás natural deverá crescer 10% em 2008
De acordo com dados de abril deste ano, o estado do Rio de Janeiro participa com a maior parte (655.540 veículos) da frota de 1,541 milhão de veículos a gás natural veicular (GNV) no Brasil, seguido de São Paulo, com 377.416 veículos. Segundo o Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), o Rio de Janeiro possui cerca de 10% do volume de carros a gás natural no mundo.
O total de veículos a GNV cresceu 14% no Brasil em 2007. Para 2008, a previsão de crescimento é mais baixa do que no ano passado, e deverá atingir 10%. O coordenador do Comitê de GNV do IBP, Rosalino Fernandes, disse hoje (2) à Agência Brasil que a redução da expectativa de crescimento do mercado de GNV é conseqüência da crise de abastecimento de energia elétrica registrada no final de 2007, quando termelétricas a gás tiveram que ser acionadas para que não faltasse energia no país, diante do baixo volume de água nos reservatórios. Com isso, houve uma retração no mercado.
“Isso é que está afetando a procura pelo GNV no mercado, ainda hoje. Mas a tendência é disso melhorar, porque a Petrobrás está disponibilizando uma quantidade maior de gás natural proveniente da Bacia de Campos (RJ) da ordem de 30 milhões de metros cúbicos diários”, revelou Fernandes.
Além disso, a Petrobrás estaria recebendo da Bolívia 28 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural. Isso totaliza 58 milhões de metros cúbicos/dia de gás, para atender ao consumo de todos os segmentos de gás natural, que incluem GNV, termelétricas, residências, indústria e comércio.Somente o consumo de GNV é de 6,9 milhões de metros cúbicos diários.
Rosalino Fernandes afirmou que existe então uma sobra no total disponibilizado pela Petrobrás de oito milhões de metros cúbicos/dia de gás natural. “Essa é uma notícia boa, de que nós temos gás além da demanda do mercado. E existe a expectativa de que a chegada do gás natural liquefeito (GNL) da Petrobrás já deve começar no mês de julho. E esse GNL vai atender às termelétricas. Não vai mais haver aquela crise, que houve em novembro de 2007, quando os projetos de GNL não tinham ainda sido executados nem estavam disponibilizados. Por isso, a perspectiva é de que haja um alívio na situação em 2008”, comentou.
Fernandes assegurou que a visão é otimista daqui para a frente. Ele avaliou que a tendência do mercado é esquecer a crise de 2007 e pouco a pouco ampliar a demanda por GNV. O mercado mundial de GNV e as tendências do setor serão tema do 11º Congresso Internacional de GNV, que o IBP e a Associação Internacional de Veículos a Gás Natural (IANGV) promovem a partir de amanhã (3) no Centro de Convenções Sul América, na Cidade Nova, nesta capital.
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