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Saúde
Segunda - 02 de Junho de 2008 às 15:44

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O ano de 2007 terminou com 3 milhões de pessoas recebendo tratamento para o vírus HIV em países em desenvolvimento, uma alta de quase 1 milhão em um ano, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (2) pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Apesar de classificar o dado como "histórico", o órgão reconhece que cerca de 6,7 milhões de pessoas que precisam de tratamento com antiretrovirais ainda não recebem esses medicamentos --um índice de 69%.

Dados do ministério da Saúde indicam que, no Brasil, atualmente 184 mil pessoas recebem tratamento para o vírus da Aids. A legislação brasileira prevê o acesso gratuito e universal a medicamentos para o controle da Aids, sendo um direito da população.

O uso de remédios antiretrovirais pode prolongar a vida dos portadores de HIV e permitir que eles tenham uma boa qualidade de vida. Os medicamentos reduzem a multiplicação do vírus e diminuem sua quantidade no organismo, fazendo com que o corpo esteja mais preparado para enfrentar as doenças oportunistas.

De acordo com a OMS, a organização tinha a meta de atingir o número de 3 milhões de pessoas em tratamento nesses países em 2005. Apesar do atraso de dois anos, o resultado mostra "a partida inicial rumo a um aumento na escala [de distribuição] da antiretrovirais".

O relatório mostra ainda que, em 2007, cerca de 500 mil gestantes tiveram acesso a esses medicamentos, como forma de prevenir a chamada transmissão vertical do vírus --da mãe para o feto. Em 2006, havia 350 mil.

Toda gestante deve fazer o teste anti-HIV. Em caso positivo, ela poderá tomar medicamentos e outros cuidados que possam controlar ou prevenir a transmissão do vírus para o feto.

Crianças

Também no fim de 2007, cerca de 200 mil crianças estavam recebendo tratamento com antiretrovirais, uma alta de 57,4% em relação a 2006. "A dificuldade em diagnosticar o HIV em crianças, entretanto, continua sendo um impedimento grande para o progresso [no combate à doença]", destaca a OMS, em nota.

Para a OMS, os dados são resultado do maior acesso a esses medicamentos, principalmente em razão de diminuições de preço. Entretanto, os países ainda precisam ultrapassar alguns obstáculos, como o baixo índice de retenção de pacientes em alguns programas e o número considerável de pessoas que ainda não tem informações sobre sua condição em relação à doença ou são diagnosticadas tardiamente e morrem nos primeiros seis meses de tratamento.





Fonte: Folha Online

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