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Cidades/Geral
Quinta - 06 de Junho de 2013 às 15:53

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A adesão ao movimento de greve dos servidores públicos municipais de Tangará da Serra é de 50 a 60% da categoria, segundo o presidente do Sindicato da categoria, José Garcia Neto. Em entrevista à Rádio Pioneira, o sindicalista afirmou que o índice seria maior, se não estivesse havendo ‘coação’ por parte do Executivo.


 
 
“É por causa da retaliação. Isso, no século XXI. O prefeito deveria raciocinar mais para não precisar retaliar o servidor, nem provocar o assédio em cima do servidor. Não queremos só os 2%, queremos respeito com algo que ele quer, e que ele chamou o presidente do Sindicato, que quer fazer mudança no estatuto. Na Gestão do Fábio Martins Junqueira não queremos mudança nenhuma, porque a intenção é sempre retroagir”, desabafou Neto.


 
 
Em outro trecho da entrevista ele afirma: “Muitos servidores não estão aqui presentes por causa da coação do prefeito Fábio com seu secretariado, seus encarregados. O Sindicato também vai tomar uma posição. Se conseguirmos provar vamos abrir um processo contra o prefeito, contra os secretários, contra os chefes imediatos, de assédio sobre o servidor. Porque é um direito se manifestar quando você não está contente com algo”.
 


 
Neto disse também que os serviços essenciais estão funcionando. “Unidade Mista, coleta de lixo, SAMAE, o que é essencial está funcionando”, afirmou. No entanto, populares têm procurado o Departamento de Jornalismo da emissora para informar que serviços como o de Raios-X, por exemplo, não estariam sendo oferecidos, apesar do que foi acordado na assembléia que decidiu a greve.
 


 
A servidora pública Joanice Rosa Lima também falou em entrevista à emissora, declarando que sua sugestão teria sido de negociar por meio de uma comissão antes de paralisar, mas que a idéia não foi aceita pela maioria presente à assembléia. “Eu particularmente não concordaria de termos parado hoje. Dei minha idéia na assembléia que formássemos uma comissão e viéssemos hoje falar com o prefeito e só parássemos a partir de 3ª-feira. Mas 80% dos companheiros quiseram parar hoje, então estou aqui porque também sou funcionária e também estou me sentindo lesada por diversas questões que envolvem condições e direitos adquiridos que estão sendo descumpridos”, afirmou.


 
 
Ela também disse que os servidores contratados foram alertados pelo Executivo de que seriam demitidos caso aderissem à greve. “Na nossa escola, por exemplo, tem em torno de 50% de funcionários contratados. Acredito que em todas as pastas tem funcionários contratados. Recebemos um documento de ‘coação’ de que se os funcionários contratados aderissem à greve eles seriam dispensados de seus trabalhos. Então, com medo de perder o sustento de seus familiares, eles acharam por bem não estar aqui com a gente”, declarou a servidora.
 


 
O presidente do Sindicato fez outras acusações ao executivo, afirmando que as dificuldades em relação à folha da Prefeitura são resultado de contratações para cargos comissionados com remunerações além do salário e que acordos feitos neste setor não estariam sendo cumpridos. “O Vice prefeito falou que os cargos comissionados iriam receber apenas o salário e não a comissão em cima do salário. Se a receita está apertada, começa a cortar os 35% dos cargos comissionados e na hora que as coisas melhorarem, que comece a chamar de volta esse pessoal que apoiou ele politicamente”, afirmou.


 
 
GREVE POR TEMPO INDETERMINADO – Sobre a greve, Neto afirma que é por tempo indeterminado. “Não foi atendido o ofício, não foi atendido o segundo. Hoje ele mandou resposta contradizendo aquilo que estava no ofício. Foram os servidores em assembléia que deliberaram a greve e falaram que queriam a greve e o sindicato acatou. Estamos em greve por tempo indeterminado. 100% dos servidores efetivos estão descontentes com esta gestão”, finalizou.





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