OMS pede proibição total de propagandas de cigarro
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu para que governos proíbam a propaganda de cigarro para ajudar a evitar que jovens adquiram o vício.
A OMS acusou fabricantes de tabaco de usar técnicas de marketing cada vez mais sofisticadas para atrair jovens, principalmente meninas em países pobres.
A organização diz que quanto mais as pessoas forem expostas a propagandas de tabaco, mais chances têm de começar a fumar.
O apelo foi feito neste sábado, o Dia Mundial Sem Tabaco.
A OMS diz que apenas 5% da população mundial está coberta por proibições abrangentes de propagandas de cigarro, promoções e patrocínios da indústria do tabaco.
A organização afirma ainda que as restrições atuais não são suficientes para proteger os 1,8 bilhões de jovens do mundo, que são atingidos através da Internet, revistas, filmes, shows e eventos esportivos.
‘Mensagens perigosas’
Na Rússia, onde há poucas leis antitabaco, o número de adolescentes e mulheres que começaram a fumar triplicou na última década.
Mas, no Canadá, onde o fumo e a propaganda de cigarro são severamente restritos, o número de fumantes é o mais baixo dos últimos 40 anos.
A Grã-Bretanha anunciou recentemente planos para proibir máquinas de vender cigarro e maços de dez para evitar que crianças e jovens fumem.
A OMS também acusou a indústria do tabaco de atrair jovens ao associar “falsamente” os cigarros com “glamour, energia e apelo sexual”.
A maioria dos fumantes começa antes dos 18 anos, com quase um quarto deles começando antes dos 10 anos de idade.
Em uma pesquisa mundial da OMS com jovens entre 13 e 15 anos, 55% disseram ter visto outdoors com propagandas de cigarro, enquanto 20% possuíam algum item com um logótipo de uma empresa de tabaco.
O diretor da OMS para a Iniciativa Sem Tabaco, Douglas Bettcher, uma proibição completa das propagandas é necessária.
“Medidas pela metade não são suficientes”, disse. “Quando uma forma de propaganda é banida, a indústria do tabaco simplesmente transfere seus vastos recursos para outro canal.”
Comentários