Vereadores contratam filhos, sobrinho e até neta
Pelo menos seis vereadores mantêm um total de 11 parentes trabalhando em cargos de confiança na Câmara Municipal de São Paulo, revela reportagem de Evandro Spinelli e Conrado Corsalette publicada na edição desta sexta-feira da Folha de S.Paulo.
De acordo com a reportagem, o primeiro vice-presidente da Câmara, Adilson Amadeu (PTB), tem dois filhos contratados. Rodrigo Xisto Amadeu é funcionário do gabinete do pai. Bruno Xisto Amadeu está nomeado na liderança do PTB. O líder do PMDB, Jooji Hato, tem um sobrinho nomeado na liderança de seu partido e uma filha como assessora do vereador Milton Leite (DEM).
"O corregedor da Casa, Wadih Mutran (PP), emprega uma filha no gabinete e uma neta na liderança de seu partido. Dalton Silvano (PSDB) emprega uma filha e uma irmã em cargos de seu gabinete. Toninho Paiva (PR) nomeou uma filha e um sobrinho. O líder do DEM, Carlos Apolinario, emprega em seu gabinete a mulher de seu sobrinho", afirma o texto.
Nos casos dos assessores dos gabinetes dos vereadores, os salários são de R$ 1.106,36. Os assessores das lideranças partidárias recebem R$ 3.190,03 em valores brutos. Cada um dos 55 vereadores de São Paulo pode contratar até 18 assessores para seus gabinetes. Não há qualquer tipo de controle em relação ao trabalho desses funcionários.
Os parlamentares defendem a contratação de parentes sob o argumento de que não há ilegalidade.
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