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Quinta - 29 de Maio de 2008 às 15:12
Por: Rafael Moraes

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A cena era de revolta. Dois idosos, Henrique Nunes, 90 anos e Maria de Lourdes, que não lembrava mais quantos anos tinha, viviam em um casebre. A história deste casal chegou á redação do Jornal O Divisor através de uma denúncia. Sem esperanças com a prefeitura, uma moradora da cidade, sem se identificar, contou a história.

Segundo a testemunha, a doente, estava a mais de seis dias sem comer e moradores da região revezavam e apoiavam o casal. Quando a equipe do jornal chegou à residência dos idosos, Maria, debilitada em uma cama, mal conseguia falar. Seu esposo contou que a secretaria de saúde não tinha feito muito para que o problema dela fosse solucionado. Essa afirmação ainda foi confirmada por Anderson Antônio, um conhecido do casal. “As autoridades de Alto Paraguai não se preocupam quando as pessoas não têm poder aquisitivo, e as pessoas acabam excluídas”, explica o minerador.

Há seis dias sem comer e em condições precárias, a paciente aguardava a única ambulância que, segundo informações da secretaria estava em Cuiabá. Maria de Lourdes foi internada no Posto de Atendimento da cidade, mas já era tarde, ela morreu às 21 horas. No mesmo dia, antes da morte, a secretária de Saúde Jucilene Portela, disse que o caso já estava sendo resolvido, no entanto, a demora no atendimento, foi a principal causa do agravo da saúde doente. O corpo foi enterrado no dia seguinte (28 de maio) às 10h.

Funcionários da secretaria de saúde trocaram acusações, em um embate sem resultados, com a secretaria de Ação Social. A enfermeira Euvira Zenita, não assumiu a deficiência do setor médico municipal e disse que falta o trabalho da secretária de Ação Social. Em contra partida, a Assistente Social Viviane Pereira, retrucou as acusações e afirmou: “O problema da paciente é saúde”. Esse fato mostra o descontrole que a prefeitura de Alto Paraguai está passando. Nesse “jogo de empurra”, a população sofre as conseqüências, sem saúde, sem as condições básicas para se viver. Célia da Rocha Lima, 39 anos, funcionária pública, estava no velório de Maria de Lourdes. Indignada, aproveitou a oportunidade e fez mais uma denúncia contra a saúde no município. “Fui com minha filha no PSF e o médico de plantão só nos atendeu depois que eu ameacei acionar o Conselho Tutelar. Em outra ocasião fui atendida pelo telefone”, contou. A matéria completa será divulgada na próxima edição do Jornal.





Fonte: Redação O Divisor

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