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Internacional
Quinta - 29 de Maio de 2008 às 14:23

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Um homem enforcado em 1922 pelo rapto e assassinato de uma menina foi inocentado pelo crime esta semana em Melbourne, na Austrália. Novos testes feitos em fios de cabelo provaram a inocência de Colin Campbell Ross, segundo a agência Reuters.

O australiano foi executado pelo rapto e morte de uma jovem de 12 anos. Fios de cabelo encontrados na casa de Ross foram usados como prova contra ele.

O caso de Colin Campbell Ross foi controverso desde a sua execução, 115 dias após ele ser preso. Testemunhas afirmaram que ele trabalhava na hora do crime.

Fios de cabelo encontrados em um cobertor na casa de Ross, que especialistas afirmavam ser da menina assassinada, e uma suposta confissão feita na cadeia para um colega de cela foram as provas usadas para condená-lo.

Contudo, em 1995 especialistas encontraram os fios de cabelo usados como prova contra Ross e provaram que eles não eram de Alma Tirtschke, a jovem morta. O caso foi reaberto dois anos atrás e os juízes definiram o julgamento como falho.

"É uma tragédia para todos os envolvidos o fato do verdadeiro criminoso não ter sido pego e um homem inocente perder sua vida" - afirmou a sobrinha de Colin Campbell Ross, Betty Everett - "Uma sombra foi retirada do meu coração", ela disse.

"Este é um caso trágico onde uma falha da Justiça resultou no enforcamento de um homem", afirmou o promotor-geral Rob Hulls, que também afirma que o caso serve de alerta para aqueles que acreditam que a pena de morte pode voltar ao país.

A Austrália é uma forte opositora à pena de morte, o último enforcamento no país ocorreu em 1967 e as execuções foram oficialmente abolidas em 1975.





Fonte: Redação Terra

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