Processo contra YouTube ameaça a internet, diz Google
A afirmação do Google foi feita depois que o grupo americano Viacom, um conglomerado de empresas do setor de entretenimento, anunciou que vai processar o site por sua incapacidade de manter material não autorizado fora da página.
O grupo Viacom afirmou que conseguiu identificar 150 mil clipes não autorizados no YouTube.
Os advogados do Google afirmaram no tribunal que a ação "ameaça a forma que centenas de milhões de pessoas trocam informações de forma legítima" pela internet.
A equipe de advogados também afirmou que o YouTube obedeceu às exigências da lei de Direitos Autorais Digitais do Milênio, de 1998, e respondeu rapidamente a alegações de desrespeito desta lei.
Nos documentos entregues ao tribunal de Manhattan, em Nova York, a Google afirmou que YouTube vai "além de suas obrigações legais para prestar assistência aos donos dos direitos, para proteger seus trabalhos".
O grupo Viacom discorda, afirmando que nenhuma das duas empresas obedeceu aos padrões e acrescentou que Google e YouTube tinham feito "pouco ou nada" para impedir que material cujos direitos pertencem à empresa fossem colocados em suas páginas.
Nova versão
O conglomerado Viacom iniciou o processo em 2007 e entrou na Justiça americana com uma versão aperfeiçoada do processo em abril.
"Quando entramos com este processo, não estamos apenas cuidando de nossos interesses, estamos cuidando dos interesses de todos que têm direitos autorais e que querem proteger estes direitos autorais", disse o presidente do grupo, Sumner Redstone no início do mês.
"Não podemos tolerar a pirataria por parte de ninguém, incluindo o YouTube... eles não podem escapar (da lei) e roubar nossos produtos."
O Google, por sua vez, respondeu que a única forma de resolver a questão seria na Justiça.
"Vamos até o fim, até a Suprema Corte. Temos isso bem claro", disse o vice-presidente de parcerias de conteúdo do Google, David Eun.
Depois do início do primeiro processo, o YouTube lançou uma ferramenta antipirataria que checa os vídeos colocados na página, comparando-os com o conteúdo original.
Bob Esponja
No processo, entregue em abril, o grupo Viacom alega que o YouTube permitia, sistematicamente, a divulgação de cópias não autorizadas de programas de televisão e filmes no site, que eram visto dezenas de milhares de vezes.
O conglomerado afirma ter identificado mais de 150 mil destes abusos que incluíam clipes de programas como os desenhos Bob Esponja, South Park e programas como MTV Acústico.
A companhia afirma que o desrespeito à lei no YouTube também inclui o documentário Uma Verdade Inconveniente, que foi visto cerca de 1,5 bilhão de vezes.
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