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Esportes
Segunda - 26 de Maio de 2008 às 21:34
Por: Luiz Ademar

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A diretoria do Palmeiras apostava em um laudo preliminar realizado pela Polícia Científica, onde consta que o misterioso gás, que deveria ser de pimenta, jogado no vestiário do São Paulo, na partida de volta das semifinais do Campeonato Paulista, no Palestra Itália, realizado no último dia 20 de abril, não foi atirado de fora para dentro das dependências do estádio. Mas o Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo, em julgamento realizado na noite desta segunda-feira, na sede da Federação Paulista de Futebol, não aceitou os argumentos do departamento jurídico do Verdão e multou o clube em R$ 10 mil e ainda determinou a perda de dois mandos de jogos no Paulistão de 2009.

De acordo com os auditores do TJD, as evidências apontadas no relatório parcial do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, que afirmava ser impossível o gás ter sido atirado de fora para dentro do vestiário são-paulino, não são suficientes para provar a inocência do clube. Além disso, o Palmeiras era o mandante do clássico e por isso foi denunciado e punido no artigo 213 do CBJD (deixar de tomar providências capazes de impedir ou prevenir desordens em sua praça de desporto). Teoricamente, o Verdão pegou uma pena leve.

O Palmeiras corria o risco de perder até 10 mandos de jogos, mas acabou perdendo apenas dois. Já a multa que poderia ser de até R$ 100 mil acabou sendo de apenas 10% do seu valor (R$ 10 mil).

- Estamos descontentes com a decisão do Tribunal e recebemos com reservas essa punição. Entregamos um laudo preliminar da autoridade policial, que foi taxativa e mostrou que o Palmeiras não teve responsabilidade pelo gás atirado no vestiário do São Paulo. Vamos analisar a situação antes de decidir se recorreremos da decisão - explica o diretor de futebol Savério Orlandi.

O diretor do Palmeiras fez questão de inocentar a diretoria do São Paulo, os jogadores e a comissão técnica. Mas entende que alguém que trabalha para o adversário, sem querer, pode ter derrubado o gás no próprio vestiário.

- O Palmeiras, em hipótese alguma, suspeita do profissionalismo da diretoria, da comissão técnica e dos jogadores do São Paulo. Mas alguém, por acidente, pode ter derrubado o gás dentro do vestiário. Por isso, nós entendemos que não merecíamos ser punidos pelo Tribunal - avalia Sávério Orlandi.

O advogado do Palmeiras, Luiz Roberto Martins Castro, pediu o arquivamento do processo antes de iniciado o julgamento. Mas dos três auditores com direito a voto, dois votaram com a perda de dois mandos de jogo e R4 10 mil de multa, enquanto um votou pela perda de cinco mandos de jogos e R$ 50 mil de multa.

- Eu acredita que o Palmeiras seria absolvido. O laudo da Polícia Científica mostra que o clube não teve culpa na história do gás. Vou conversar com a diretoria, pois temos três dias para entrar com recurso - diz o advogado do Verdão.





Fonte: Globoesporte.com

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