Isabella foi jogada de cabeça para baixo pela tela, diz perita
Segundo ela, as marcas deixadas na sujeira da parede do edifício foram feitas por uma das pernas de Isabella, e não por uma das mãos. "Esse corpo não foi lançado como está aqui (apontando para um croqui que integra o laudo). Foi lançado de cabeça para baixo", disse. A justificativa seria amplitude que atinge as pernas em relações aos esfregões na parede do prédio e um pingo de sangue no peitoril da janela.
Outro erro apontado foi o fato de os peritos não terem recolhido as impressões digitais em todo o apartamento e nem o recolhimento de materiais, como resquícios de unhas, peles e cabelos.
"No laudo, os peritos dizem que, ao chegarem no local, havia uma desordem caracterizando hábitos rotineiros do casal, que vivem no lixo. Como eles podem afirmar isso? Eles viviam com o casal? Eles tinham a obrigação de fazer o levantamento das impressões digitais nos objetos revirados no apartamento e colher o material biológico para análises comparativos", insistiu.
Delma Gama afirmou, categoricamente, que encontrou o modus operandis e a motivação do crime. "Só não posso dizer agora pois não terminei de estudar os laudos", ressaltou. Segundo ela, a tela foi cortada para jogar algum objeto que seria subtraído do apartamento, e não para jogar a menina. Para ela, o diâmetro da tela era pequeno demais para que o corpo de Isabella fosse lançado.
Segundo a perita, o laudo do Instituto de Criminalística "exprime juízo de valor, algo inconcebível". "O laudo que eu examinei é inconcluso. Na última página, há apenas algumas considerações. É uma agressão à criminalística", afirmou.
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