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Garantir a logística de transporte em Mato Grosso, um desafio para o Estado
Dentre as principais rodovias estaduais encontram-se as MTs - 246, 343, 358,170 que compõe parte do Corredor Noroeste de Exportação uma vez que se encontram no eixo estruturante de escoamento da produção da região de Campo Novo do Parecis e Brasnorte tanto para a hidrovia do Rio Madeira, quanto para os Portos de Santos e Paranaguá. Além delas não podemos deixar de destacar a MT – 235 que corta o estado no sentido Leste-Oeste e é suma importância no quesito transporte já que possibilita a toda a Região produtora de Sapezal,Campos de Julio e Comodoro (rotas naturais do Corredor Noroeste) o acesso aos Portos de Santos, Paranaguá e ao de Santarém, por meio da ligação com o município de Nova Mutum. Há também a MT-242 que corta Mato-Grosso no mesmo sentido das MTs acima citadas, interliga Brasnorte aos municípios de Ribeirão Cascalheira, passando por importantes municípios produtores tais como Ipiranga do Norte, Sorriso, Nova Ubiratã e Gaúcha do Norte. É uma rodovia que de fato dá acesso a todos os corredores de exportação do Mato-Grosso, estando inclusive, sua completa federalização e pavimentação previstas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Por último não poderíamos deixar de falar da MT-100, pois ela liga Alto Araguaia ao município de Cocalinho na divisa MT/GO. A importância desta rodovia deve-se ao fato de ligar a região produtora do Araguaia aos Portos de Santos e Paranaguá. Sua federalização traria grandes benefícios à logística do transporte em Mato-Grosso.
São quatro os corredores de exportação e de escoamento de produção que deveriam estar sendo usados em Mato Grosso (Noroeste, Sudeste, Centro-Amazônico, Centro-Nordeste), porém, somente os Sudeste e Noroeste possuem trechos totalmente pavimentados e ficam trafegáveis o ano todo. O Corredor Nordeste é representado pelas BRs – 070, 174 e 364 e dá acesso ao estado de Rondônia (Porto do Rio Madeira) e a Cáceres(Rio Paraguai). O Corredor Centro Amazônico tem como maior representante a BR-163 (Cuiabá/Santarém) que da acesso aos portos de Miritituba(PA) e Santarém(PA). O Corredor Centro-Nordeste, cujo caminho é via BR-158 e dá acesso ao Porto de Itaqui no Maranhão, por meio da integração com a ferrovia dos Carajás, e por último, o Corredor Sudeste que é representado pelas BRs 163 e 364 e pela Ferronorte que dá acesso aos Portos de Santos e Paranaguá. Mas porque com tantas opções de tráfego, Mato Grosso possui uma malha viária ainda tão precária?
A resposta para tal situação é histórica e pode estar no fato de que o estado cresceu muito nas últimas décadas com números muito superiores à média nacional, porém esse desenvolvimento gerou uma grande demanda por infra-estrutura, demanda essa que não foi atendida tanto pelo descaso das autoridades federais (o ideal era termos pelo menos 12.744 mil quilômetros de rodovias federais), como pela impossibilidade do Governo do Estado em efetuar tais obras, visto que o estado possuía uma população pequena e uma área enorme (o que não gerava arrecadação de impostos). Na época, por ser recém separado do Mato Grosso do Sul, herdou uma grande dívida pública.Tudo isso somado ao tipo de transporte que inclui cargas muito pesadas e o regime de chuvas que chega a 2.000 milímetros por ano fez com que a infra-estrutura do estado se tornasse extremamente ineficiente nas últimas décadas. O estado conta hoje com parte de suas vias de escoamento em situação precária que muitas vezes até impossibilita que a produção seja escoada pelos lugares que apresentem a melhor logística. Vale ressaltar que boa parte dos problemas acima citados já foi amenizada nos últimos cinco anos, por conta da visão de futuro do chefe do executivo, Blairo Maggi. Em 2003 a malha viária estadual asfaltada era de apenas 1.900 mil quilômetros. Chegamos ao final de 2007 com o dobro do asfalto que já havia sido feito desde a criação do Estado.
Apontar falhas sem ao menos citar soluções é muito fácil, o difícil é encontrar meios para garantir durante o ano todo a boa trafegabilidade das estradas, num estado cujas extensões são continentais e que pela distância dos portos, o custo da produção acaba saindo maior em relação a outros estados. A primeira solução para melhorar a logística do transporte talvez seja uma maior exploração dos modais como as hidrovias e ferrovias, por exemplo. Possuímos uma logística desprivilegiada de hidrovias, porém, a abundância de rios aptos à construção das mesmas e o atual cenário internacional que conta com uma grande expansão da Ásia principalmente da China e Índia faz do estado um importante meio de integração nacional.Estamos a meio caminho dos mercados consumidores nacionais e internacionais, além de estarmos estrategicamente no ponto mais próximo para exportar via Pacifico sem passar pelos Andes (corredor bio-oceânico), ainda que a instabilidade política de certos paises da América do Sul (Bolívia e Peru) não nos garante grande confiança para investirmos neste tipo de infra-estrutura. Entre os projetos para ampliar e melhorar a nossa infra-estrutura estão a federalização e pavimentação das MTs-242 e 100 e a conclusão de todas as obras previstas no PAC no ramo de rodovias além de maior celeridade nas obras de construção da Ferronorte, fazendo com que esta chegue rapidamente à cidade de Rondonópolis, além da consolidação da Hidrovia Paraguai/Paraná, a viabilização da hidrovia Teles-Pires/Tapajós e o acesso de forma confiável ao Porto de Itaqui. Desta maneira Mato Grosso se tornará, definitivamente, o celeiro do mundo.
* Laura Petraglia é jornalista, pós-graduada e comunicação e recepção de informação e atualmente ocupa o cargo de assessora de comunicação da Secretaria de Estado de Infra-Estrutura
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