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Internacional
Segunda - 26 de Maio de 2008 às 07:01

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O número de mortos no terremoto que atingiu a província de Sichuan, na China, no dia 12 de maio, já ultrapassa 65 mil, de acordo com dados oficiais divulgados pelo governo chinês nesta segunda-feira.

Os dados indicam ainda que mais de 23 mil pessoas continuam desaparecidas e 360 mil foram feridas por causa dos tremores que atingiram o sul do país.

Segundo o governo, mais de mil pessoas ficaram feridas por causa dos tremores, que destruíram cerca de 300 mil casas.

As autoridades continuam preocupadas com as condições de segurança na região. No domingo, uma nova réplica de 5,8 graus do tremor de maio atingiu Sichuan.

A réplica foi a mais forte já sentida depois das milhares que atingiram o país após o terremoto do dia 12.

Água

Além das réplicas e dos esforços para resgate das vítimas e cuidado dos desabrigados, outra grande preocupação das autoridades chinesas é o número de lagos formados por deslizamentos de terra causados pelo terremoto, que bloquearam os rios da região.

De acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua, 34 lagos foram formados na província. O lago Tangjiashan, próximo da cidade de Beichuan – uma das mais afetadas pelos tremores –, dobrou de tamanho em apenas quatro dias preocupa o governo.

O nível de água nesse lago está apenas 29 metros abaixo do nível da barreira construída para conter a água. A agência Xinhua afirma que o lago está comportando 128 milhões de metros cúbicos de água e que, se a barreira for rompida, a inundação conseqüente pode ser devastadora.

O governo enviou uma equipe com 10 quilos de explosivos para o lago na tentativa de abrir um canal para escoar água do lago.

Milhares de pessoas que estavam abrigadas em localidades próximas ao lago já foram evacuadas.

Barragem

No domingo, o ministro dos Recursos Hídricos, E Jinping, afirmou que os lagos estavam “sob controle”, mas descreveu a situação como caótica.

Segundo ele, cerca de 69 reservatórios estavam ameaçadas e pelo menos 300 foram afetadas pelos terremotos.

As autoridades afirmam ainda que a previsão de fortes chuvas para a região nos próximos dias pode prejudicar os esforços de resgate.

De acordo com o correspondente da BBC na China, Dan Griffiths, as condições climáticas podem também afetar os planos de reconstrução da região, estimados para serem concluídos em três anos.





Fonte: BBC Brasil

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