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Policia MT
Quinta - 06 de Junho de 2013 às 07:55

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As apostilas do programa “Qualifica Mato Grosso” que não ridicularizam a história de municípios mato-grossenses, desinformam os alunos. Essa é a conclusão do delegado Anderson Veiga, coordenador de Inteligência Tecnológica Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat). 

Em seis apostilas, além das quatro do curso de Atendimento em Hotelaria e Turismo, Veiga disse que encontrou plágio, violação de direitos autorais e erros grosseiros que não poderiam constar em material pedagógico produzido para capacitação profissional. 

No conteúdo usado para formar “bartenders”(responsáveis pelo preparo de bebidas), por exemplo, além de misturar os conceitos de temperatura e conforto térmico, trocam nomes de autores de conteúdos copiados em site da internet. E ainda, indica estudos anexos que não constam na apostila. 

E olha que essa era uma das que estavam sendo consideradas boas e vinham sendo aplicadas regularmente nos cursos. 

De 10 apostilas analisadas, nove apresentavam erros de informação, paginação, conceituação e todas estão fora das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), cujo conteúdo teria sido extraído de fontes abertas na internet, sem ao menos citar a fonte do material, o que configura crime contra os direitos autorais. 

Anderson Veiga explica que foi localizado conteúdo impróprio, não alterado, portanto semelhante ao das apostilas, datado de dezembro do ano passado, o que reforça a conclusão de que não houve sabotagem, como se pensou inicialmente. 

Veiga destaca que a investigação ainda está em curso e que quando concluir fará um relatório sobre a origem e licitude do material para enviar ao Poder Judiciário. 

O delegado se diz convicto de que se trata de crime de violação de direitos autorais, previsto no artigo 184 do Código Penal, cuja pena prevista é de dois a quatro anos de prisão. 

Até agora a polícia apontou três pessoas como responsáveis pelos erros identificados: Cristiane Aparecida Mendes da Silva Hondo, contrata para produzir e revisar o material; Edvaldo Paiva, presidente do Instituto Concluir, contratador para ministrar os cursos, e Aroldo Portela, diretor pedagógico do mesmo instituto. (AA).





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