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Quinta - 06 de Junho de 2013 às 07:45
Por: JOANICE DE DEUS

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Deisenil diz que antes não havia oportunidade para as crianças serem vacinadas
Deisenil diz que antes não havia oportunidade para as crianças serem vacinadas
Mato Grosso pretende vacinar 228.476 crianças menores de cinco anos na primeira etapa da campanha de vacinação contra a poliomielite ou paralisia infantil, que começa no próximo sábado (8), dia "D" da mobilização. Em todo o Estado, serão 815 postos de vacinação. Em Cuiabá, o lançamento da campanha será às 8h30, no posto de saúde da Família (PSF) do bairro Areão. 

Na Capital, 39.888 meninos e meninas possuem idade compatível para imunização. A meta é vacinar 95% dessas crianças, ou seja, 37.900. Em todo o Estado, serão disponibilizadas 350 mil doses da vacina, indicada para todos menores de cinco anos, mesmo os que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. 

No sábado, a campanha envolverá 4.700 servidores e voluntários, além da disponibilização de 295 veículos para os municípios de difícil acesso. A campanha segue até o dia 21 de julho próximo. 

A pólio é uma doença infecciosa viral aguda transmitida de pessoa a pessoa pela via fecal-oral. O poliovírus pode afetar os nervos e levar à paralisia parcial ou total. Aos cinco anos de idade, Deisenil Maria Soares Bezerra contraiu a doença, que provocou a paralisia do seu braço esquerdo. 

"Morávamos em Paranatinga (373 km ao sul de Cuiabá) e meu irmão ficou doente primeiro. Ele tinha muita febre e tivemos que vir para Cuiabá para que meu irmão fosse internado. Eu fiquei na casa da minha avó. Quando minha mãe retornou do hospital, eu também já estava passando mal", contou. 

Hoje, com 43 anos, Deisenil, que também é deficiente visual, leva uma vida praticamente normal. Porém, sabe da importância da vacina. "Naquele tempo morávamos em um município distante, tudo era mais difícil. Se a gente tivesse essa oportunidade tenho certeza que minha mãe não teria deixado de vacinar", acredita lembrando que na época, várias outras crianças contraíram a pólio e ficavam com graves sequelas ou morriam. O irmão dela teve paralisia em uma das pernas e anda com ajuda de um aparelho. 

No Brasil, não há registro da doença desde 1989. Porém, a imunização das crianças é necessária para evitar a reintrodução do vírus no país. De acordo com as autoridades públicas ligadas a Saúde o vírus ainda circula na Índia, Nigéria, Paquistão, Egito, Niger, Afeganistão e Somália. 

Além dessas áreas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a Angola, Bangladesh, República Democrática do Congo, Etiópia, Nepal e Sudão como regiões com alto risco de reintrodução da poliomielite. Não existe tratamento para a pólio, somente a prevenção, por meio da vacina.





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