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Internacional
Sexta - 16 de Maio de 2008 às 22:29

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A contagem oficial de mortos no desastre causado pelo ciclone em Mianmar subiu para quase 78 mil pessoas, com quase 56 mil desaparecidas, segundo informações da emissora de televisão estatal do país.

Até então, o país dizia que havia 43 mil mortos e 28 mil desaparecidos, uma estimativa que contrastava com o número de mais de 100 mil calculado pela Cruz Vermelha e pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Agências de ajuda humanitária estão frustradas com a lentidão com que o auxílio internacional tem chegado às áreas mais atingidas.

O ciclone Nargis atingiu o sul de Mianmar no início deste mês, incluindo o delta do rio Irrawaddy.

Entretanto, a ONU aumentou de 1,5 milhão para 2,5 milhões o número de pessoas que podem ter sido afetadas pela passagem do ciclone Nargis por Mianmar.

Desde então, poucos funcionários estrangeiros de organizações de ajuda receberam a permissão do governo militar para entrar no país.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que "lamenta" que a ONU tenha passado mais tempo conseguindo apoio ao invés de entregar a ajuda.

Ajuda

O subsecretário-geral de ajuda humanitária das Nações Unidas e coordenador das operações para o país, John Holmes, afirmou que muitas outras pessoas vão morrer se o governo militar não permitir que a ajuda chegue às regiões afetadas mais rapidamente.

Segudo Holmes, apesar de mais de cem funcionários do setor de ajuda da ONU estarem em Mianmar no momento, eles não receberam permissão para chegar até a área mais afetada pelo ciclone, o delta de Irrawaddy.

"Existe uma grande frustração porque conseguimos entrar no país e chegar a Yangun, mas, no momento, eles não conseguem chegar às áreas afetadas e realizar as tarefas que geralmente realizam", afirmou.

O líder tailandês Samak Sundaravej foi até Yangun para uma reunião com o primeiro-ministro de Mianmar, Thein Sein, mas disse que os militares continuam afirmando que não precisam de ajuda de outros países.

"Ele insistiu que seu país pode lidar com o problema sozinho", disse Samak depois de sua visita de um dia à capital birmanesa.

Moradores do país informaram ao serviço birmanês da BBC que cidadãos comuns tentaram distribuir água e suprimentos com seus próprios carros, mas soldados confiscaram os carregamentos.





Fonte: BBC Brasil

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