Etanol atrai líderes europeus para Brasil, diz jornal
Em sua edição desta sexta-feira, o diário argentino Página/12 destaca a vista de quatro premiês europeus ao Brasil, a caminho da Cúpula de Lima, afirmando que o "Brasil é o destino latino-americano mais desejado para os mandatários europeus".
Nos últimos dias, os líderes da Áustria, Finlândia, Alemanha e Espanha estiveram no país. Segundo o jornal, "os europeus estavam interessados somente em uma coisa: biocombustíveis".
Segundo o diário, enquanto a relação com a Espanha, e especialmente com Zapatero, já data de algum tempo, o interesse do resto da Europa é mais recente.
"A conjunção das tragédias dos últimos meses e a crise alimentar parecem ter posto o Brasil no centro da cena política mundial", afirma o diário argentino.
"Suas amplas pradarias, perfeitas para semear soja, arroz e feijão, e os extraordinários recursos petroleiros descobertos recentemente tornaram o país a área mais cobiçada pelas grandes potências."
O Página/12 destaca o número de carros bicombustíveis vendidos no Brasil, além da inclusão de etanol em toda a gasolina vendida nos postos.
"Como se o pacote não fosse suficientemente tentador", afirma o jornal, "o país mais extenso da América Latina conta com uma das tecnologias mais avançadas do mundo para produzir etanol e biodiesel, os dois combustíveis mais desenvolvidos até o momento."
O Página/12 destaca que, assim que chegou ao Brasil, a chanceler alemã, Ângela Merkel – que foi ministra do Meio Ambiente e impulsionou a meta de 20% de etanol para todos os carros da comunidade européia - foi discutir os avanços na produção local e assinar quatro convênios de cooperação.
"Mas a visita de Merkel teve seus momentos incômodos para Lula", diz o jornal. "Durante a entrevista coletiva dada pelos dois mandatários antes do fim da visita, a premiê alemã tocou no delicado tema da preservação da Amazônia e na recente renúncia da ministra do Meio Ambiente Marina Silva."
Segundo o Página/12, fontes da comitiva de Angela Merkel confirmaram que não estão contentes com a saída da ministra, que era admirada pela chanceler.
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