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Cidades/Geral
Quarta - 14 de Maio de 2008 às 21:37

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Os Centros Especializados de Assistência Social (Creas), implantados em 29 municípios mato-grossenses, realizaram, em 2007, 14,013 mil atendimentos, sendo que 33,4% (4.680) são referentes às situações de abuso e exploração sexual, 25% à negligência (3.464) e 18% de violência psicológica (2.552). Os restantes 23,6% se dividem entre exploração sexual (1.697) e violência física (1.620). Os dados são preocupantes e pertinentes de reflexão.

Do total de atendimentos realizados nos Creas, 6,387 mil foram crianças e adolescentes e 7,626 mil foram realizados às famílias. O tipo de violência com maior incidência entre crianças e adolescentes atendidos é o abuso sexual, com 2.070 casos registrados. Em seguida, aparece a negligência, com 1.594 casos e em terceiro lugar a violência psicológica, com 1.235 atendimentos.

Na maioria dos casos registrados, 61%, a vitima é menina. O indicador revela ainda que as crianças na facha etária de sete a 14 anos são as maiores vítimas de violência, totalizando 69% dos atendimentos.

Quanto ao agressor, somados os números, pai e mãe representam 47% do total de atendimentos. Em 33%, foram identificados namorados, vizinhos, amigos ou aliciadores. O padrasto aparece em terceiro lugar com 12%.

Aproximadamente 60% dos atendimentos foram encaminhados pelos Conselhos Tutelares dos municípios. De acordo com a assessora do núcleo de Proteção Social Especial da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), Cibelle Bojikian, isso demonstra articulação da rede de proteção. “A porta de entrada do processo está funcionando. Há muita parceria no trabalho das equipes de conselheiros, então, muitos casos são resolvidos no bairro mesmo, sem necessidade de encaminhar ao Creas".

O relatório do Creas mostra ainda que os casos de negligência prevalecem no diagnóstico dos tipos de violência com maior incidência nos 29 municípios que têm Creas em Mato Grosso , seguidos por violência psicológica e abuso sexual. Apenas uma localidade aparece com a exploração sexual como principal. Mesmo com o quadro geral apontando para negligência, dos 6,387 mil crianças e adolescentes atendidos, a maior incidência foi de abuso sexual, com 2,07 mil casos.

Em Mato Grosso são 29 cidades que possuem o CREAS: Água Boa, Alta Floresta, Alto da Boa Vista, Apiacás, Barra do Garças, Cáceres, Campo Verde, Cuiabá, Jaciara, Jangada, Juara, Juscimeira, Lucas do Rio Verde, Matupá, Nobres, Nova Olímpia, Peixoto de Azevedo, Poconé, Pontes e Lacerda, Poxoréo, Primavera do Leste, Rio Branco, Rondonópolis, Santo Antônio do Leverger, São Felix do Araguaia, Sinop, Sorrio, Tangará da Serra e Várzea Grande.





Fonte: 24 Horas News

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