"Tive medo", afirma Ronaldo sobre travestis

O jogador Ronaldo Nazário afirmou ao jornal espanhol AS que sentiu medo durante o episódio em que alega ter sido extorquido por três travestis no último dia 28, no Motel Pappilon, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. "Tive medo, porque sou uma pessoa normal", disse.

O jogador relembrou o que aconteceu na noite do episódio. Ele contou que havia saído com alguns amigos para jantar e deixou o restaurante por volta das 4h30. O jogador afirmou que estava triste por ter discutido com a noiva, Bia Anthony. Foi quando, segundo ele, uma garota chegou próximo ao seu carro e ele contratou os serviços dela.

A garota, na verdade, era o travesti André Luiz Ribeiro, conhecido como Andreia Albertini. "Não soube que a primeira garota era homem e me equivoquei. (...) Minha briga com minha noiva não justifica o que fiz", afirmou ao jornal espanhol.

Ronaldo disse ainda que só percebeu que a primeira garota era um travesti depois da chegada dos outros dois. Segundo ele, assim que percebeu que eram travestis, desistiu do programa, mas pagou a eles. "Quando vieram as outras garotas, me dei conta que não eram mulheres e disse que não queria seguir adiante."

O jogador voltou a afirmar que foi vítima de extorsão e disse ter ficado muito triste com a atitude. "Tive medo, mas fiquei muito triste porque fui muito sincero com elas para não continuar com o serviço", afirmou.

O jogador alega que Andreia Albertini abordou seu carro em um local onde tradicionalmente se encontram prostitutas e não travestis, por isso não teria imaginado que se tratava de um homem.

Ontem, o delegado Carlos Augusto Nogueira, da 16ª Delegacia de Polícia (Barra), no Rio de Janeiro, concluiu o inquérito sobre o episódio. Ele disse que não vai ouvir mais nenhum depoimento e que encaminhará o relatório final ao Ministério Público em uma semana, possivelmente denunciando os travestis Andreia Albertini e Carla Tamini por tentativa de extorsão e formação de quadrilha.