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Nacional
Terça - 13 de Maio de 2008 às 15:06

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A inserção da população negra na economia brasileira não foi suficiente para equilibrar as diferenças trazidas com o regime escravocrata. Os negros continuam tendo uma diferença desvantajosa em termos de condições de trabalho e de rendimentos. Segundo a Agência Brasil, a avaliação é do diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio.

Segundo Lúcio, em média, os negros têm um rendimento de 50% a 70% inferior ao dos demais trabalhadores, na mesma ocupação.

“Nós temos uma estrutura social que propicia ao negro uma inserção diferenciada, desvantajosa, em relação aos outros membros da sociedade. Ou seja, os fatores cor e raça conferem uma desigualdade a essas pessoas, que precisa sim de políticas que propiciem equidade nessa inserção”, disse o diretor do Dieese, em entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional.

Para Lúcio, é fundamental a ação do estado por meio da educação a fim de garantir oportunidades aos negros e de diminuir a inserção social diferenciada da população negra.

Ele mencionou que o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social fez uma pesquisa nas 500 maiores empresas do Brasil e identificou que somente 3,5% dos cargos de chefia são ocupados por negros.

“As pessoas negras acabam não tendo a oportunidade de ter acesso a uma educação que lhes permitam galgar essa oportunidade e mesmo quando surge vaga, essas pessoas não estão habilitadas a disputar. Portanto, a educação, nesse sentido é um fator determinante combinado com outras medidas”, completou.





Fonte: G1

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