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Economia
Segunda - 12 de Maio de 2008 às 19:26

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Empresários e políticos presentes ao lançamento da nova política industrial do governo elogiaram as medidas apresentadas nesta segunda-feira. Na opinião de desses representantes, o programa pode impulsionar o crescimento do país nos próximos anos. A boa recepção foi ponderada por críticas à falta de alinhamento entre as políticas monetária e fiscal.

"São incentivos fortes para a indústria. Mas que precisam de complementação macroeconômica, pelo lado fiscal e monetário", afirmou o governador de São Paulo, José Serra. Ele frisou que o aumento do superávit fiscal é "questão fundamental".

O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Paulo Skaf, disse que toda desoneração é positiva, mas ressaltou que o programa merece uma análise mais criteriosa. Ele cobrou, no entanto, que os juros da taxa Selic não sejam elevados, sob pena de ameaça ao desenvolvimento do país.

"Aumento de investimentos se dá com o incremento da demanda. E quando os juros aumentam, vai na contramão desse princípio", comentou.

Skaf acrescentou que há dados positivos referentes à desoneração tributária que devem ser apoiadas, independentemente se são suficientes ou não.

"Existem questões que estão colocadas na teoria, que todos nós concordamos, que vamos ver como vão se portar na prática, até porque, com os juros subindo, não vai se estimular investimentos", reiterou.

Para o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto, as propostas colocadas no programa são "muito competentes e abrangentes". Na visão dele, a nova política promove a aliança estratégica entre os setores público e privado, a exemplo do que ocorre em países desenvolvidos.

Monteiro Neto disse que o Brasil ainda tem desafios a superar, como a necessidade de articulação intra-governamental, e melhor diálogo entre governo e o setor empresarial. O presidente da CNI também destacou a falta de sintonia entre as políticas fiscal e monetária.

"Esse é um dos grandes desafios. Há um peso forte recaindo sobre a política monetária e não há contribuição da área fiscal. Temos que ter uma política fiscal consistente", completou.





Fonte: Folha Online

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