Ministro Gilberto Carvalho sempre respaldou ações criminosas da Funai, denuncia Leitão
As ações criminosas praticadas por servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai), como falsificação de laudos antropológicos, fraudes nas demarcações e manipulação de indígenas, sempre tiveram respaldo do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, denuncia o deputado federal Nilson Leitão (PSDB), líder da Minoria na Câmara dos Deputados.
"Ele (Gilberto Carvalho) sempre soube ou esteve no cerne das ações criminosas e fraudulentas da Funai desde que ingressou no governo. Isso é fato, e agora não adianta tomar ou anunciar medidas paliativas. O correto seria mudar todas as regras, porque a metodologia atual (nos processos de demarcação de novas áreas indígenas) está ultrapassada, caduca e serve a interesses internacionais", declarou Leitão, por telefone.
O líder tucano ressalta que Gilberto Carvalho tem ligação umbilical e histórica com as correntes internas do PT comprometidas com a Pastoral Operária e o Cimi (Conselho Missionário Indigenista), instituições ligadas à igreja católica. Carvalho passou a ter papel estratégico nas "ações da Funai" desde que foi chefe de gabinete da campanha de Lula. Ele era assessor e conselheiro especial do ex-presidente e nos bastidores do Planalto era conhecido como "o novo Golbery" ou de "o novo Chalaça", eminências pardas do governo do presidente Ernesto Geisel e do imperador Dom Pedro I
Carvalho ganhou mais força política quando ficou responsável pelo Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, cujo propósito é flexibiizar repasses para as Ongs, além de ser negociador com organizações sociais da sociedade civil. "De modo oficioso, ele (Carvalo) é o homem do presidente Lula no governo Dilma e um facilitador dos abusos da Funai", acrescenta Leitão.
Para o deputado mato-grossense, a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os absusos da Funai é "mais do que necessário". "Muitas injustiças vêm sendo cometidas pelo órgão desde meados da década de 90, inclusive o desrespeito flagrante dos preceitos constitucionais. E temos o dever histórico de corrigir essas injustiças e definir regras mais lógicas e justas para eventuais demarcações", assevera Leitão. Pondera ainda o parlamentar que, de imediato, o governo federal precisa suspender as demarcações em curso e rever os processos demarcatórios polêmicos das duas últimas décadas.
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