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Economia
Segunda - 12 de Maio de 2008 às 09:59
Por: Ariverson Feltrin

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Em uma cerimônia iniciada no começo da noite de quinta-feira e que reuniu até as primeiras horas de sexta-feira um público em torno de mil pessoas no Credicard Hall, em São Paulo, a Volkswagen do Brasil premiou seus fornecedores que se destacaram no ano passado em várias categorias. A montadora também aproveitou para dizer que quer reduzir o preço do Gol e comparou seu valor ao de um Big Mac (sanduíche do McDonald's).

No tom da premiação, denominada Supply Awards - apresentada formalmente pela modelo Ana Hickmann - coube muitas intervenções informais do diretor de compras da empresa, Thomas Gropp, que destacou três objetivos que a Volkswagen aprecia em relação a seus fornecedores: qualidade, capacidade e custo.

"Os fabricantes japoneses descobriram o Brasil. Mas, nós, Volkswagen, temos de ganhar este jogo. Vamos aproveitar o mercado quente, aliás, muito quente, para investir em capacidade, pois isto realmente é investir no futuro", disse.

Para sacudir a platéia, com a ajuda de imagens exibidas em um telão demonstrando o desempenho de atletas olímpicos em várias modalidades de esportes, o diretor de compras enfatizou o sentido da superação.

"Custo talvez seja a mais desafiadora das barreiras. Mas nada é impossível e temos de buscar o menor custo", disse, enquanto uma imagem exibia uma fileira de trabalhadores sentados sobre uma viga de aço. "Diante do aço, que sabemos é o maior desafio em custo, vamos ficar sentados?".

Disse que as competidoras japonesas vão inevitavelmente buscar fatias maiores de market share (participação de mercado) brasileiro. E, para que a Volkswagen não tenha surpresas com os asiáticos, o diretor de compras bateu insistentemente numa tecla-compromisso.

"Nossa meta é reduzir R$ 500 no custo do Gol. Fizemos um índice de custo e descobrimos que um Gol, por kg, é mais barato que um kg de Big Mac. Custa R$ 25 por kg, enquanto um Big Mac custa R$ 28. Ainda assim, queremos que o Gol baixe mais. A meta é reduzir seu custo em R$ 0,50 kg, o que resultará nos R$ 500 que estamos buscando". Para lembrar os participantes da meta, o kit de brindes distribuído à saída incluía uma caixinha envidraçada contendo um peso de 1 kg encimado pelo logotipo VW.

O diretor de compras anunciou formalmente que "nos próximos dias" o mercado brasileiro conhecerá o novo Gol, modelo que por muitos anos sustenta a Volkswagen no topo do ranking. Além do fator custo, a montadora conta com a qualidade para manter o Gol na liderança.

"Nos Estados Unidos e na Europa os japoneses crescem cada vez mais em market share e a qualidade ajuda muito para o salto", disse, lançando um desafio para a platéia formada por seus melhores fornecedores. "Não queremos ser apenas o benchmarking. Queremos, isto sim, ser o melhor do benchmarking".

E, em um desafio final, mostrou um vídeo dos anos 50 em que um grupo de técnicos alemães visita designer italiano em Milão à busca de mudanças no Fusca. O designer depois de pensar, analisar, propõe apenas aumentar a janela traseira. Só isso, sentencia ele. A mudança foi introduzida em 1958.

"A Volkswagen nunca mudou para ficar diferente, mas para ficar melhor", é a mensagem. O novo Gol traz entusiasmo: "Apenas a vitória me interessa. E, para isso, temos que ter qualidade, capacidade e 50 centavos menos no custo por kg".

De janeiro a abril o Gol foi o modelo mais vendido (92.764 unidades), seguido pelo Palio, da Fiat, com 71.119 unidades. Isto, porém, não impediu a dianteira da Fiat no total de carros e comerciais leves - fechou o quadrimestre com 24,9%, seguida pela VW com 22,2%.





Fonte: Gazeta Mercantil

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