Desembargador analisa pedido de liberdade do casal Nardoni
Em entrevista ao "Fantástico", da Rede Globo, Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, disse acreditar que o casal tem envolvimento na morte da criança. Para ela, o ciúme de Jatobá pode ter motivado o crime.
Nardoni e Anna Carolina estão presos desde a última quarta-feira (7), quando foi decretada a prisão preventiva do casal. Nardoni permanece nesta segunda-feira no 13º DP (Casa Verde) e Anna, após um protesto das presas da penitenciária feminina de São Paulo (zona norte), onde havia sido levada inicialmente, foi encaminhada para a a penitenciária de Tremembé (147 km de São Paulo).
Nardoni está sozinho na cela. Ele chegou a ser colocado em companhia de outros presos, mas o clima era de tensão e ele teve de ficar isolado. Os cerca de 30 detentos das demais celas da delegacia hostilizaram Nardoni na sexta-feira (9) e escreveram uma mensagem no pátio da carceragem dizendo que não o queriam mais na delegacia.
A Secretaria de Segurança Pública informou nesta segunda-feira que o Dipo (Departamento de Inquéritos e Polícia Judiciária) já recebeu o relatório do 13º DP (Casa Verde) a respeito da situação de Nardoni. O Dipo, por sua vez, pedirá à Justiça a transferência dele da delegacia. Os advogados de defesa avaliam que ele deve ficar na delegacia e informaram que Nardoni não corre risco no local onde está.
Na sexta-feira (9), os advogados do casal solicitaram à Justiça a anulação de despacho que determinou a detenção de Nardoni e Anna Carolina.
O Tribunal de Justiça informou que o pedido dos advogados foi protocolado ainda na sexta-feira e distribuído a Canguçu. Entretanto, ele só deve iniciar a análise do documento nesta segunda-feira. O prazo para a decisão do desembargador --que pode determinar ou não a soltura do casal-- não foi confirmado.
Foi Canguçu quem decidiu pela libertação o casal quando eles foram presos temporariamente. O juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri de Santana, havia determinado a prisão do casal. No dia 11 de maio, o desembargador concedeu o habeas corpus em caráter liminar (provisório) que soltou Alexandre e Anna Carolina. À época ele afirmou que os argumentos para manter os dois presos eram insuficientes.
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