CNBB defende índios e critica a ausência do Estado na Amazônia
"Não há perigo algum daquilo se tornar outro país. O perigo não são os índios, é a ausência do Estado nessas regiões", afirmou.
Dom Vieira disse ainda que a igreja "entrou com tudo" na defesa dos índios e vem sofrendo retaliações.
Segundo o bispo, a Diocese de Roraima é vítima de perseguição. Ele comemorou a prisão de arrozeiros da região que entraram em confronto com os índios. Foi preso o arrozeiro e prefeito de Pacaraima (RR), Paulo César Quartiero (DEM).
"A prisão do arrozeiro foi um ato muito sóbrio. Temos confiança no STF (Supremo Tribunal Federal)", acrescentou.
O secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, concordou com as críticas do comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, que chamou a política indigenista do governo federal de caótica. "Ele tem razão, a política indigenista tem que melhorar e muito. Não é só Roraima", afirmou.
Dom Vieira defendeu a criação de uma política global para a Amazônia. "A região não pode ser tratada dessa maneira, é uma região muito sensível", disse.
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